Apresentação
do Poeta:
“RAFAEL
VESPASIANO FERREIRA DE LIMA nasceu em Maceió, capital alagoana, no dia 9 de
janeiro de 1983. Morou na cidade natal até os quinze anos, quando, em 1998,
mudou-se para Brasília, onde vive até hoje, contudo sempre retornando à terra
natal, pois suas origens são muito importantes para o seu fazer literário.
Formado
em Letras – Licenciatura em Língua Portuguesa e respectivas Literaturas, em 2011,
pelo UniCEUB, Centro Universitário de Brasília. Com especialização em
Literatura Brasileira lato sensu, pela
Universidade Católica de Brasília, UCB, em 2013.
Sua
monografia como conclusão da Graduação chama-se: A memória como testemunho na obra Angústia de Graciliano Ramos. Já
o Trabalho de Conclusão do Curso de especialização em Literatura, também
questionou as questões relativas ao rememorar: Nos longes da noite: memória, infância e poesia em Manuel Bandeira.
Escreve
poemas lírico-amorosos desde os 16 (dezesseis) anos, depois passou a escrever
versos decadentes e satíricos. Além de ‘poemas-híbridos’ de tom melancólicos,
reflexões do mundo pós-moderno, que está perdendo o seu eixo de orientação,
pois nada mais é “pensado”, apenas tomam-se atitudes que não resolvem o
verdadeiro problema, qual seja: a Humanidade está à deriva existencial, no
século XXI, 2017. A questão mnemônica também aparece em muitos de seus poemas e
escritos.
Escreve
ainda acrósticos, ensaios literários, artigos acadêmicos sobre Literatura,
principalmente, a Brasileira. Resenhas sobre livros -, (romances, contos,
crônicas, novelas, livros de poemas e de teatro, e, também escreve sobre livros
teóricos, dentro do âmbito da Teoria Literária) -, além de críticas sobre
filmes dos mais variados estilos e diretores.
Membro
da Academia Cruzeirense de Letras, na função de sócio correspondente. Efetivado
e eleito em 2017.”
Apresentação da obra:
Des-Tratado das Leis para
(não) se cumprirem Neste País Desas-Trado do Não! ou Um texto crítico Qualquer,
de Rafael Vespasiano. Litteris
Editora, 2018.
“A
respeito do gênero literário do ora exposto mais adiante, pode-se até dizer que
não é literário, mas apenas “crítico”? (Isto não é Literatura!?). Vamos de crônica
(s), de caráter jocoso-jurídico, fictício, porém verossímil, e
épico-lírico-dramático-narrativo, cômico, por isso mesmo prosaico-poemático.
Quem sabe remeta aos cronicões medievais, que são narrativas de fatos
históricos importantes; porém, nossa intenção, se existe uma, é a de (des)
construir tudo, inclusive o caráter cronológico deste gênero medievo – o que
nos serve mais deste são suas tendências ao heroísmo, que defenestramos na
vilania típica dos dias de sempre, e ao tom sobrenatural que marca aquele
gênero, revelando os tempos sombrios do cosmos na atualidade apocalíptica,
vivida desde sempre.
Nem
mesmo falo em prosa lírica – por acaso, este discurso possa ter um tom
panfletário e não atemporal, mas datado. Pode-se até atribuir um certo tom
ensaístico, acadêmico, sem academicismo, entretanto; agora, o texto é
parabólico e profético, pode até ser, quem sabe?! Enfim, pretensamente, nada de
útil para o povo desta Nação dos Con-Fins do Cosmos-Caos. ”
Perguntas:
1. Como você iniciou sua carreira de escritor?
2. Geralmente, quem escreve gosta de ler. Qual sua literatura e autor preferido? Eles influenciaram vc literariamente?
3. Fale um pouco sobre seus livros? Quantos já tem editado e sobre o que falam?
4. E sobre o seu último livro, como ele se destaca dos demais?
5. Algum projeto especial para 2018?
Respostas:
1) Descobri-me escritor aos poucos, talvez com 15 ou 16 anos de idade, em Brasília, no colégio, ao estudar os Poetas na disciplina de Literatura Brasileira.
Comecei a escrever também ao estilo de cada escritor que estudávamos. Até escrever um poema mais 'autoral', se é possível dizer isso do poema a que me refiro.
Que por sinal é muito juvenil, lógico. Nesses idos, decidi-me a ser professor de Literatura e trabalhar também como escritor.
Publiquei meu primeiro livro em 2016, À deriva no mundo, da qual até arrependo-me, pretendo fazer uma edição revista quem sabe um dia...
Mas, sempre estou escrevendo poemas desde dos 16 anos, isto é certo!
2) Com certeza, quem ler um pouco que seja, tem o gosto pela escrita, ou ao menos pela re-escrita, de alguma forma. Acho que ao ler qualquer livro de qualquer área do saber é necessário escrever uma resenha de que tipo seja, ou algum tipo de anotação, etc., para consulta posterior, ou futura re-leitura da Obra lida, ou até para estudos complementares que levem a outras leituras do mesmo autor, ou estilo, ou área do saber.
Minha Literatura ou estilo que gosto muito são os poemas e autores do Romantismo Inglês e Alemão, e, os Simbolistas e decadentes em geral. Mas, autores prediletos mesmo são, para ficar em três: Graciliano Ramos, Marcel Proust e Clarice Lispector.
3) Já tenho dois livros editados.
O primeiro: À deriva no mundo, publicado em 2016. Propõe uma 'ordem' lírica na qual os poemas estão distribuídos da forma que estão, pois têm uma funcionalidade e organicidade para o entendimento do livro, mesmo sendo poemas, escritos em dias distintos, eles se completam, a obra, assim ganha começo, meio e fim, mesmo sem ser narrativa. Procurou-se estudar os poetas simbolistas e decadentistas brasileiros, para obter o efeito de organicidade entre os poemas, exemplos são as obras de Eduardo Guimaraens e Maranhão Sobrinho, respectivamente, A divina quimera e Papéis velhos... roídos pela traça do Símbolo! . Estes poetas ao utilizarem este expediente estavam tendo como referencial teórico e poético, As flores do mal, de Charles Baudelaire. Este escritor propunha que seu livro máximo tinha uma funcionalidade entre os poemas e as partes, tendo que ser impresso naquela ordem e sucessão de páginas e poesias, para se fazer entender o conteúdo ao leitor e para o próprio poeta. O poeta, humildemente, tentou o mesmo efeito: inicia-se o mesmo com poesias mais amenas e tranquilas, até com humor, ressaltando um certo paraíso e bem-estar da alma do eu-lírico, porém, à medida que os poemas vão se apresentando a tensão cresce para uma ambiência, no mínimo, de pesar e medo, e, certo receio do que pode acontecer na vida (existencial/espiritual) do eu, uma espécie de purgatório se estabelece, até chegar nos poemas mais agônicos e desesperados, de profunda melancolia e mal-estar com tudo e todos à volta do eu-poético, um eu que se ver à deriva no mundo, sozinho, sem sentido e vontade de viver, num verdadeiro inferno existencial, que é o seu FIM! É, uma Divina Comédia às avessas, lógico, mais uma vez uma humilde desconstrução pós-moderna do poeta.
O segundo livro está sendo publicado agora pela Litteris,
Des-Tratado das Leis para (não) se cumprirem Neste País Desas-Trado do Não! ou Um texto crítico Qualquer.
Uma obra híbrida e caótica que se revela ou se esconde até mesmo na escrita propositadamente caótica do livro. Maiúsculas e Minúsculas se confundem, pois não respeitam integralmente às ordens da Gramática Normativa. A falta de pontuação, às vezes, também é reflexo do exposto anteriormente e do caos destrutivo e caótico em que vivemos no Universo desde sempre...
A Miscelânea de gêneros e subgêneros literários, e, a desconstrução pós-moderna e híbrida da Obra só reforça tudo isso, para defenestramos e quem sabe um dia recomeçarmos? O quê? O Universo? A Terra? O Brasil...? Enfim, não precisa recomeçar, estamos em devir neste Cosmos-Caos dos Con-Fins do Mundo a girar...
4) Pelo exposto na pergunta anterior, e, também por ter sido escrito de supetão, em apenas três dias, depois foi só a carpintaria do mesmo.
Diferente do À deriva no mundo que demorou mais tempo para ser escrito, ao menos 10 anos para completar este, e, mesmo assim, o escritor está insatisfeito com sua primeira obra, quase a renegá-lo, mas quem sabe uma 2ª edição revista um dia seja realizada...
E diferente do primeiro livro, o Des-tratado (...) é um livro que se aproxima mais dos contos e crônicas, podemos até usar um hífen aí, conto-crônica, pela sua já referida hibridez, além do caráter quiçá profético. Já meu primeiro livro é definidamente só de poemas.
5) A publicação do meu segundo livro (terceiro ao todo) de poemas, que faz parte de uma trilogia poética, junto com À deriva no mundo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário