quinta-feira, 26 de novembro de 2015

“O CÚMPLICE DAS SOMBRAS” (FRITZ LANG/EUA/1951): (“UM NOIR ENVOLVENTE, YOYEURÍSTICO E AMBICIOSO”)

“O CÚMPLICE DAS SOMBRAS” (FRITZ LANG/EUA/1951)


(“UM NOIR ENVOLVENTE, YOYEURÍSTICO E AMBICIOSO”):


(CRÍTICA POR RAFAEL VESPASIANO)





Um policial inescrupuloso e ambicioso e não satisfeito com sua profissão/cargo dentro da polícia, pois achava que ganhava pouco e isso fazia-o menor em relação aos outros homens da sociedade estadunidense mais abastados financeiramente. Ele ganancioso e obsessivo quer ser um vencedor em termos de status social, via enriquecimento.

Daí surge o plano de um golpe de um crime perfeito envolvendo a esposa de um homem rico, que é morto e deixa no testamento tudo para a viúva, habilmente e ardilosamente seduzida pelo policial das sombras, portanto o detetive consegue o dinheiro e foge com sua nova amante.

Mas o que parecia um crime perfeito, começa a degringolar nas cenas finais que são belissimamente filmadas e as mesmas são simbólicas de ascensão e queda do policial/novo rico, sugerindo, implicitamente, que mesmo escondido, sua condição de rico, não duraria, pois se originou de um delito, passando a ser perseguido e torturado e, se ver açoitado, acabrunhado, humilhado e, enfim, em completa decadência e derrocada.


Começou o filme do zero foi ao auge, rapidamente e ilegalmente, e caiu, da mesma maneira repentinamente, numa ruína física, financeira e moral.”

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

"O Banquete" - Platão - ("EMANCIPAÇÃO DE PLATÃO EM RELAÇÃO AO SEU MESTRE")

                                                             "O Banquete" - Platão:

                                ("EMANCIPAÇÃO DE PLATÃO EM RELAÇÃO AO SEU MESTRE"):

                                                            (RAFAEL VESPASIANO) 



"Livro fundamental para entender como Platão se emancipa do mestre dele, Sócrates, Este sempre terminava com perguntas, sempre deixando o tema em aberto, os seus discursos e diálogos. N´O Banquete, Platão responde e dá uma resposta (pela boca de Sócrates), do que é o "amor (Eros)", de uma maneira, em que Platão tenta valorizar a poesia e às artes em geral, que ele chamara de mera imitação e, retirara os poetas e dramaturgos d´ "A República" ideal, 

   Mas mesmo em O Banquete, a poesia, a dramaturgia e as artes em geral, mesmo correlacionadas com o Belo e com o Amor Pleno (metafísico), ainda ficam em segundo plano perto da Filosofia, das ciências, da educação, da economia, das leis e da Política (Paideia filosófica). 

   A Paideia Poética só seria realmente discutida a partir dos românticos alemães do século XVIII/XIX e, dos filósofos e críticos literários modernos/hermeneutas da virada dos séculos citados, em diante.


   A teoria do andrógino de Platão, aparece na voz do discurso de elogio a Eros, feito por Aristófanes, comediógrafo 
d´As nuvens. O andrógino seria um ser dos primórdios que teria os dois sexos, o masculino e o feminino, porém, Zeus, o divide e gera o homem e a mulher. Como são incompletos precisam se unir para retomar a totalidade e a plenitude perdidas, daí vêm as relações sexuais, o desejo de procriar, e , da imortalidade e do legado."