"O Banquete" - Platão:
("EMANCIPAÇÃO DE PLATÃO EM RELAÇÃO AO SEU MESTRE"):
(RAFAEL VESPASIANO)
"Livro fundamental para entender como Platão se emancipa do
mestre dele, Sócrates, Este sempre terminava com perguntas, sempre deixando o
tema em aberto, os seus discursos e diálogos. N´O Banquete, Platão responde e dá uma resposta (pela boca de Sócrates),
do que é o "amor (Eros)", de uma maneira, em que Platão tenta
valorizar a poesia e às artes em geral, que ele chamara de mera imitação e,
retirara os poetas e dramaturgos d´ "A República" ideal,
Mas mesmo em
O Banquete, a poesia, a dramaturgia e as artes em geral, mesmo correlacionadas
com o Belo e com o Amor Pleno (metafísico), ainda ficam em segundo plano perto
da Filosofia, das ciências, da educação, da economia, das leis e da Política
(Paideia filosófica).
A Paideia Poética só seria realmente discutida a partir
dos românticos alemães do século XVIII/XIX e, dos filósofos e críticos literários
modernos/hermeneutas da virada dos séculos citados, em diante.
A teoria do
andrógino de Platão, aparece na voz do discurso de elogio a Eros, feito por
Aristófanes, comediógrafo
d´As nuvens. O andrógino seria um ser dos primórdios
que teria os dois sexos, o masculino e o feminino, porém, Zeus, o divide e gera o
homem e a mulher. Como são incompletos precisam se unir para retomar a
totalidade e a plenitude perdidas, daí vêm as relações sexuais, o desejo de
procriar, e , da imortalidade e do legado."
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