“O CÚMPLICE DAS SOMBRAS” (FRITZ
LANG/EUA/1951)
(“UM NOIR ENVOLVENTE, YOYEURÍSTICO E
AMBICIOSO”):
(CRÍTICA POR RAFAEL VESPASIANO)
“Um policial inescrupuloso
e ambicioso e não satisfeito com sua profissão/cargo dentro da polícia, pois
achava que ganhava pouco e isso fazia-o menor em relação aos outros homens da
sociedade estadunidense mais abastados financeiramente. Ele ganancioso e obsessivo
quer ser um vencedor em termos de status social, via enriquecimento.
Daí
surge o plano de um golpe de um crime perfeito envolvendo a esposa de um homem
rico, que é morto e deixa no testamento tudo para a viúva, habilmente e
ardilosamente seduzida pelo policial das sombras, portanto o detetive consegue
o dinheiro e foge com sua nova amante.
Mas
o que parecia um crime perfeito, começa a degringolar nas cenas finais que são
belissimamente filmadas e as mesmas são simbólicas de ascensão e queda do
policial/novo rico, sugerindo, implicitamente, que mesmo escondido, sua
condição de rico, não duraria, pois se originou de um delito, passando a ser perseguido
e torturado e, se ver açoitado, acabrunhado, humilhado e, enfim, em completa
decadência e derrocada.
Começou
o filme do zero foi ao auge, rapidamente e ilegalmente, e caiu, da mesma
maneira repentinamente, numa ruína física, financeira e moral.”
Nenhum comentário:
Postar um comentário