sexta-feira, 27 de maio de 2016

(“CINEMA PARADISO”, GIUSEPPE TORNATORE/ITA/1988): ("O CINEMA EM SUA MAIS PURA ESSÊNCIA”)

(“CINEMA PARADISO”, GIUSEPPE TORNATORE/ITA/1988):

("O CINEMA EM SUA MAIS PURA ESSÊNCIA”):

(CRÍTICA POR RAFAEL VESPASIANO)





Filme totalmente metalingüístico, filme que fala sobre filme, cinema sobre cinema, além de mostrar como se constrói uma amizade forte e verdadeira, de profundo respeito e companherismo e solidariedade, filme sobre a infância, sobre sonhos para o futuro, às vezes, ou muitas das vezes não realizados, filme que toca e retrata todos os sentimentos humanos, portanto, um filme universal. Tornatore realiza uma obra-prima atrás de outra obra-prima, seus filmes são sempre acima da média, líricos, poéticos e comoventes; aqui ele ainda mostra questões de nostalgia e saudosismo, é um filme completo. Filme ímpar. Tornatore nos emociona mais uma vez e de forma verdadeira e sem cair no melodrama barato.

terça-feira, 10 de maio de 2016

(“MUSASHI: TRILOGIA SAMURAI/1954/1955/1956/JAP/HIROSHI INAGAKI”): (“UMA BELA ADAPATÇÃO DE UMA DAS MAIORES LENDAS JAPONESAS, O SAMURAI MIYAMOTO MUSASHI”)

(“MUSASHI: TRILOGIA SAMURAI/1954/1955/1956/JAP/HIROSHI INAGAKI”):

(“UMA BELA ADAPATÇÃO DE UMA DAS MAIORES LENDAS JAPONESAS, O SAMURAI MIYAMOTO MUSASHI”):

(CRÍTICA POR RAFEL VESPASIANO)


“Trilogia Samurai: I - Samurai - O Guerreiro Dominante (1954)”:


“A trilogia samurai é dirigida e roteirizada por Hiroshi Inagaki, que é baseada no livro épico de Eiji Yoshikawa, o lendário Musashi, conta a história de um dos maiores heróis do Japão, Miyamoto Musashi (1584-1645). Inagaki é um excelente cineasta, dirigiu, por exemplo, o belíssimo O homem do riquixá, também com Toshiro Mifune.
Este primeiro capítulo da trilogia fílmica ganhou o Oscar de melhor filme de língua não inglesa. A história se passa no interior do Japão, no século XVII, Miyamoto é um jovem sonhador com glórias militares, mas ainda muito imaturo, selvagem e impulsivo.
Ao longo do filme, ele, Miyamoto, começa a ser instruído por um mestre e monge Takuan, e, se aperfeiçoa moralmente, torna-se mais educado e civilizado, sua selvageria e impulsividade se tornam em ética e cortesia, um homem com estudos. Sua transformação psicológica é bem mostrada neste primeiro filme.

“Trilogia Samurai: II – Samurai - Duelo no Templo Ichijoji (1955)”:


“Musashi, agora aprimorado espiritualmente, no Bushido, e como Samurai, ele vai à Kyoto com o objetivo de desafiar a melhor escola de espadachins e o líder desta, e neste segundo filme, o mais fraco dos três, da trilogia samurai. O roteiro peca em adaptar o melodrama romântico da obra literária original, entre Musashi e as duas mulheres que pretendem o seu amor, Otsu (leal) e Akemi (traiçoeira).
O duelo do título do filme e parte final do filme é apenas mediano, em termos de edição e coreografia.



“Trilogia Samurai: III – Samurai - Duelo na Ilha Ganryu (1956)”:


“É a hora do duelo final entre Musashi e seu maior rival Sasaki Kojiro.

A cena final do duelo na ilha Ganry é belamente filmada, como foi descrita por Yoshikawa, na obra literária, graças ao cuidado com que toda a sequência, que foi filmada à beira-mar conforme o sol se erguia no horizonte. Uma belíssima fotografia, edição e coreografia. Um belo duelo e final para uma trilogia, a trilogia samurai, um dos maiores épicos do cinema Japonês e dos chambaras.”

terça-feira, 3 de maio de 2016

(“PECADO SEM MÁCULA”, ANTHONY MANN, 1949): (“O GERAL E O PARTICULAR NUMA CIDADE CORROMPIDA PELO CRIME”)

(“PECADO SEM MÁCULA”, ANTHONY MANN, 1949):

(“O GERAL E O PARTICULAR NUMA CIDADE CORROMPIDA PELO CRIME”):

(CRÍTICA POR RAFAEL VESPASIANO)





“Mann começa o filme mostrando o espaço em que se passará o enredo de “Pecado sem mácula”, a cidade grande e corrupta, manchada pelo crime, até por aqueles que deveriam combatê-lo. O narrador, logo no início, expõe a cidade, seus prédios e ruas, e, aponta para o contraste entre a legalidade e a ilegalidade, tão normal em seu círculo de convívio, pois ele é o policial que investigará o caso criminal que se desenrola no filme.

Um jovem ingênuo e sem antecedentes de criminalidade, nem intenção, mas com mulher e filho por nascer, se sente tentando a ficar com uma quantia em dinheiro, que supostamente estava “à deriva”, porém, o que ele não sabia, que este dinheiro faz parte de um esquema criminoso que envolve muita gente.

A cidade oprime o jovem, sua esposa, o inspetor é imparcial, às vezes cruel, o final mesmo do filme não é um happy-end pleno, mas a solução para um pecado sem mácula.


A perseguição final entre carros pela cidade, entre ruas, prédios e casas é uma sequência antológica do cinema noir.”