sábado, 29 de setembro de 2018

Me chame pelo seu nome (Luca Guadagnino, ITA, FRA, BRA, EUA, 2017):




                                                         Luca Guadagnino.

As descobertas da vida vão além das primeiras experiências sexuais, a Vida assim como as águas de um rio não são mais as mesmas quando voltam a passar pelo mesmo lugar que passaram outrora, além do mais: este lugar continua o mesmo?
Em Me chame pelo seu nome, as reflexões de Heráclito são válidas e óbvias, o que chama atenção também é a questão da alteridade entre as personagens de Oliver (Armie Hammer) e Elio (Timothée Chalamet) que a partir da chegada daquele saí da harmonia de seu Cosmos, para um Caos que pode ser negativo a priori, porém a construção da alteridade entre as duas personagens nos leva a constatar que o repetível do universo é justamente o não-repetível de cada situação e cada ente.

                                                                     Poster.

Elio aparentemente frágil é um mostra-se corajoso na construção de sua personalidade que não finda ao cabo da trama, pois a Vida e a elaboração da persona constrói-se a cada momento, a Vida é vivida a gritos e murmúrios, ao invés de sufocar no silêncio do não-vivido.

                                                   Timothée Chalamet (cena do filme).

Me chame pelo seu nome, lançado em 2017, é um brilhante filme dirigido pelo cineasta italiano Luca Guadagnino, premiado no Festival de Berlim, tornou-se uma obra multipremiada em diversos festivais e nomeada ao Oscar 2018, no qual ganhou o prêmio de melhor roteiro adaptado para James Ivory, baseado no romance de André Aciman.  Destaca-se também por duas belas canções Mystery of Love e Visions of Gideon.  




                                                                  Cena do filme.

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