Luca Guadagnino.
As
descobertas da vida vão além das primeiras experiências sexuais, a Vida assim
como as águas de um rio não são mais as mesmas quando voltam a passar pelo mesmo
lugar que passaram outrora, além do mais: este lugar continua o mesmo?
Em
Me chame pelo seu nome, as reflexões
de Heráclito são válidas e óbvias, o que chama atenção também é a questão da
alteridade entre as personagens de Oliver (Armie Hammer) e Elio (Timothée
Chalamet) que a partir da chegada daquele saí da harmonia de seu Cosmos, para
um Caos que pode ser negativo a priori,
porém a construção da alteridade entre as duas personagens nos leva a constatar
que o repetível do universo é justamente o não-repetível de cada situação e cada
ente.
Poster.
Elio
aparentemente frágil é um mostra-se corajoso na construção de sua personalidade
que não finda ao cabo da trama, pois a Vida e a elaboração da persona constrói-se a cada momento, a
Vida é vivida a gritos e murmúrios, ao invés de sufocar no silêncio do
não-vivido.
Timothée Chalamet (cena do filme).
Me chame pelo seu nome, lançado
em 2017, é um brilhante filme dirigido pelo cineasta italiano Luca Guadagnino, premiado
no Festival de Berlim, tornou-se uma obra multipremiada em diversos festivais e
nomeada ao Oscar 2018, no qual ganhou o prêmio de melhor roteiro adaptado para
James Ivory, baseado no romance de André Aciman. Destaca-se também por duas belas canções
Mystery of Love e Visions of Gideon.
Cena do filme.
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