quinta-feira, 12 de março de 2015

A QUEDA DA CASA DE USHER (ROGER CORMAN/EUA/1960): HISTÓRIAS EXTRAORDINÁRIAS: “A QUEDA DA CASA DE USHER”, DE EDGAR ALLAN POE.

A QUEDA DA CASA DE USHER (ROGER CORMAN/EUA/1960)

HISTÓRIAS EXTRAORDINÁRIAS: “A QUEDA DA CASA DE USHER”, DE EDGAR ALLAN POE.

(CRÍTICA POR RAFAEL VESPASIANO FERREIRA DE LIMA)


·         INTRODUÇÃO:

Roger Corman (1926), produtor e diretor, com o enigmático ator Vincent Price (1911-1993), lideram esta livre adaptação fílmica do conto “A queda da Casa de Usher”, do escritor estadunidense Edgar Allan Poe (1809-1849) -, ensaísta, romancista, contista e crítico literário -, coligido nas Histórias Extraordinárias.

·         O ESCRITOR E A OBRA:

Poe só publicou um único romance, em 1838, A narrativa de Arthur Gordon Pym. O restante da sua obra foi publicado em periódicos. É o precursor da literatura policial e de terror.

(Mas, no Brasil, um pouco antes, vale lembrar que Machado de Assis publicou um conto denominado A causa secreta, que também tem um quê de horror, suspense e sadismo.).

Segundo o crítico Todorov (1939): Poe publicou contos de seis tipos, a saber -, “contos grotescos, filosóficos, de aventura, de terror, de alegoria e de raciocínio.”. Edgar Allan Poe escrevia “com a precisão de um problema matemático”, ainda segundo Todorov. O que ressalta o caráter apolíneo de reflexão e construção orgânica de seus contos, que seria reverenciada pelo pré-simbolista Baudelaire e pelo Simbolismo francês, principalmente na figura do poeta Mallarmé, em especial na obra-prima, Um lance de dados. No Brasil, encontraremos esse tipo de lírica apolínea, já moderna, ou antilírica, segundo Hugo Friedrich (1978), em, por exemplo, no poeta, João Cabral de Melo Neto, no poema “O engenheiro” ou no Tríptico da Negatividade, em especial na “Fábula de Anfíon”.

Mas, isso tudo Poe já demonstrava em seu poema “O Corvo” (1845), com métrica precisa e expressiva musicalidade. O próprio escritor explicou seu trabalho de tessitura daquele poema, num ensaio crítico-literário, intitulado “A filosofia da composição”, demonstrando total domínio das técnicas literárias em qualquer âmbito.

 A obra de Poe tem como “(...) sua peculiaridade marcante: a força da imaginação.” (...) “(...) Mas há uma peculiaridade na sua imaginação que não encontramos em ninguém mais: a força dos detalhes.” (DOSTOIÉVSKI, Fiódor, Apud, CARLOS, Cássio Starling et cetera, 2013, p. 13).

Essa característica transforma os contos do escritor americano em escritos ambíguos, numa dualidade dinâmica entre real e sobrenatural, nunca sintética, mas sempre analítica e reflexiva. Charles Baudelaire assevera em relação a tal característica estética e estilística:

(...) a alucinação, primeiro dando lugar à dúvida, em seguida convicta e impassível como um livro; o absurdo instalando-se na inteligência e governando-a com uma lógica assustadora (...). Analisa o que há de mais fugidio, pesa o imponderável e descreve nesse modo minucioso e científico, cujos efeitos são terríveis, todo esse imaginário que flutua em torno do homem nervoso e o conduz à desgraça. (BAUDELAIRE, Charles, Apud, CARLOS, Cássio Starling et cetera, 2013, p. 14).


  Edgar Allan Poe é um escritor marginal, romântico tardio, precursor do Simbolismo e da Lírica Moderna e da Prosa Moderna, e, também do conto policial e de terror, segundo o crítico literário e tradutor José Paulo Paes (2008). Nada do moralismo dos seus contemporâneos; nada em seus textos prevê o realismo crítico social de Mark Twain, que dominaria a literatura estadunidense. Rebelde, Poe é um escritor maldito tal qual serão os poetas simbolistas decadentes e malditos na França do fim do século XIX.

Os contos de Poe transitam numa linha sempre tênue entre a morte e o sobrenatural. “(...) a decadência familiar, a inadequação social, a criação artística e, principalmente, a loucura.” (CARLOS, Cássio Starling, 2013, p. 21). A própria mansão de Usher é melancólica, em termos alegóricos; o narrador-personagem é anônimo, em primeira pessoa, este é amigo de infância de Roderick Usher, que está com um distúrbio mental, e, o narrador se assusta ao ver pela primeira vez depois de anos sem rever o amigo, outrora vivaz, agora transformado em uma figura cadavérica, que não lembra em nada o seu amigo de infância.   

Usher é recluso, antissocial, apresentando sintomas de uma misteriosa doença; sua irmã Madeleine doente também e ainda mais fragilizada que o irmão. Roderick Usher tem dons artísticos para a pintura, poesia e música. Usher, em um momento da trama canta uma canção para o narrador (uma narrativa dentro da narrativa, cuja letra daquela canção resume o ambiente da história do conto). A canção e sua letra falam de seres malignos, de um belo palácio e da decadência moral da linhagem de uma família. Esta letra, na verdade, é um poema também de Poe denominado “O palácio assombrado”, publicado cinco meses antes da aparição do conto.

A casa de Usher está em ruínas, o que é observado pelo narrador antes de adentrar a mansão, na forma de uma enorme fissura que se alastra pelas paredes da mansão. Tal fato é uma alegoria da melancolia que o narrador sentirá ao voltar a conviver com Roderick, além da ambientação dentro da casa ser marcada pela morte e decadência familiar de uma linhagem secular: para o crítico J. Gerald Kennedy, o conto é uma alegoria da loucura e a própria casa dos Usher é simbolicamente a imagem da perda da razão.

A casa engloba o narrador, e, os Usher, Roderick e sua irmã, Madeleine. Esta seria a “inconsciência” e o irmão seria por sua vez “a consciência”, constituindo assim a já citada dualidade dinâmica da vida, no caso da mente humana, esta seria alegoricamente representada pela própria casa, que por sua vez englobaria os dois irmãos. Já que Roderick teria a “consciência” da decadência moral de sua família amaldiçoada durante séculos de amoralismo de seus antepassados, Usher passa a enlouquecer paulatinamente, mas com a consciência (ambíguo, mas assim é que se caracteriza o conto de Poe), que a mansão deve ser destruída e a linhagem Usher se encerrar nele e em Madeleine, pois sua família é maldita e não merece mais produzir descendentes, por toda decadência moral daquela já abordada. Para isso cria-se o suspense: Madeleine morreu realmente por causa de sua doença? Ou foi morta pelo próprio irmão? Ou ainda ela sofreria de catalepsia e o irmão se aproveitando disso enterrou-a viva propositalmente?

  Dessa forma, seria o começo do fim da família Usher de maneira definitiva, faltando Roderick morrer das causas naturais de sua debilidade física e mental. Pondo fim a linhagem Usher amaldiçoada, a casa seria também destruída pela fissura, transformada em ruínas que seriam engolidas pelo lago que existe ao lado da mansão.

Edgar Allan Poe é considerado pelos mais célebres críticos literários, como por exemplo, Walter Benjamin, o começo da modernidade. Baudelaire, poeta francês, cuja obra, As flores do mal, é o marco inicial do Simbolismo, foi o primeiro a divulgar internacionalmente o nome de Poe.



·        O FILME:

O cineasta Roger Corman para enfatizar o ambiente melancólico, decadente, em ruínas, sempre os lugares da casa envolto em sombras e do lado de fora envolvida a mansão em brumas, também ressaltou tal ambientação lúgubre no figurino de Roderick (Vincent Price), que é marcado pelo rubro (“Rubro”, também é nome de um poema decadente do poeta maldito brasileiro, Maranhão Sobrinho). Tudo no filme, portanto, “[se passa] pelo sangue, desde a maldição que condena há séculos a linhagem dos Usher até as marcas que Madeleine deixa em seu rastro na apoteose de horror do final.” (Ibdem, p. 35).

Corman utiliza para tanto uma fotografia em Technicolor e faz uso também do Cinemascope, projeção em que a proporção da imagem na tela fica mais de duas vezes de largura que de altura. Isso aumenta a claustrofobia dos quartos, dos corredores e das criptas por onde transitam as personagens do filme, na casa dos Usher.

Quando lançado no Brasil, à época foi chamado de “O Solar Maldito”, e, também era assim conhecido pelos brasileiros quando começou a ser exibido na TV. Corman a partir desse filme iniciou uma fase experimental, o cineasta realizou um tipo de cinema que:


transitou dos filmes B e ganhou visibilidade com produções que chamaram a atenção do público e se tornaram referência para a geração de jovens que queriam fazer filmes criativos sem contar com os gastos monumentais da indústria hollywoodiana. (Ibdem, , p. 36).


Seus primeiros filmes que datam de 1955 contavam com orçamentos de US$ 50 mil (em valores da época). Já para os primeiros títulos da série de adaptações de Poe, ele chega a contar com quatro a cinco vezes mais. A queda da casa de Usher rendeu nas bilheterias estimados US$ 2 milhões, em valores da época, provocando a continuidade da sequência idealizada por Corman num ciclo de oito títulos baseados nas situações lúgubres imaginadas pelo escritor americano. Eis eles:

Até meados dos anos 1960, Roger Corman realiza versões cultuadíssimas de ‘O Poço e o Pêndulo” (no Brasil, ‘A Mansão do Terror’, de 1961), ‘Enterrado Vivo’ (no Brasil, ‘Obsessão Macabra’, 1962), reúne ‘Morella’, ‘O Gato Preto’ e ‘O Caso de M. Valdemar’ no filme em episódios ‘Muralhas do Pavor’, de 1962, ‘O Corvo’ (1963), ‘O Castelo Assombrado’ (1963), ‘A Máscara da Morte Rubra’ (que aqui se chamou ‘A Orgia da Morte’, de 1964) e ‘Ligeia’ (exibido na país como ‘O Túmulo Sinistro’, [também de 1964]). Quase todos terão a presença ameaçadora de Vincent Price à frente do elenco. (Ibdem, p. 39).


Corman modifica significamente a trama do conto de Edgar A. Poe, como a reformulação dos significados das personagens e dos seus lugares no enredo. No roteiro concebido por Richard Matheson (1926-2013), que oferece ao diretor as possibilidades para o que este mais sabe: “criar efeitos por meio de atmosferas que equivalem, em termos visuais, às preferências de Poe por descrições mórbidas.” (Ibdem, p. 39).

  O filme de Corman foi

realizado rapidamente, o filme transcreve com um simbolismo um pouco inocente mas fascinante o admirável conto de Poe, do qual Corman tentou recuperar o angustiante clima de inquietude moral. Se a história roda no vazio durante as cenas psicológicas, existem incríveis momentos, como a sequência onírica, que é antológica. (BOISSET, Yann, Apud, CARLOS, Cássio Starling et cetera, 2013, p. 37).

 A película pode perder o simbolismo psicológico do conto de Poe, mas ganha em termos de claustrofobia e no aumento do quesito “lúgubre” em relação à ambientação da casa dos Usher. O Roderick do filme de Roger Corman tem:

o poder de sugestão de Vincent Price [que] funciona maravilhosamente bem, e trememos com Philip diante da fascinação de Roderick por seus odiosos ancestrais, e diante da nossa própria fascinação por essa linhagem impiedosa, somos seduzidos por essa atmosfera de corrupção secular, a saga finita dessa decadência familiar, a força de um mito que não podemos entender. É preciso aceitar a grandiloquência do assunto e o lado teatral desse encontro entre quatro paredes. Mas para aqueles que jogam o jogo e abandonam, ao sair da casa de Usher, todo preconceito e cinismo, somente podemos prever deliciosos arrepios. (GONORD, Olivier, Apud, CARLOS, Cássio Starling et cetera, 2013, p. 38).


A constante presença de brumas e a utilização de transparências para simulacro dos cenários permitem ao cineasta manter-se fiel ao seu estilo e modelo de cinema, conhecido pela criatividade com o uso de mínimos recursos financeiros. Se há um cineasta que pode ser facilmente associado ao nome de Poe nas adaptações para as telonas é o de Roger Corman. Isso ocorreu num tempo em que o cinema fantástico conhece um ótimo momento, de 1958 a 1968, esse período é considerado pelos críticos de cinema um momento importante. Corman pode e é considerado por muitos o mestre do horror em muito devido às adaptações dos textos de Poe. O cineasta não hesita a empregar uma equipe de estrelas caídas no esquecimentlo, os velhos monstros do cinema como Boris Karloff, Lon Chaney Jr. e até Peter Lorre, todos em torno da presença imutável “de Vincent Price, que encarna os múltiplos avatares dos heróis fantásticos de Poe.” (JARDEZ, Dominique, Apud, CARLOS, Cássio Starling, 2013, p. 41).

  O filme é um verdadeiro pesadelo simbolista e onírico expressionista, já que na adaptação de Corman se está longe dos delírios surrealistas da versão silenciosa do cineasta francês Jean Epstein realizada em 1928. Porém, os dois diretores dividem uma proximidade ao Expressionismo Alemão, isso é perceptível, inclusive, em todos os filmes de Roger Corman adaptados de Poe.

·         O DIRETOR ROGER CORMAN:

O cineasta estadunidense é conhecido como o grande mestre do cinema independente e profundo admirador do escritor também americano Edgar Allan Poe, o diretor e produtor Corman tornou-se cultuado por realizar e produzir filmes de estética barata, filmes B, rodados rapidamente e que flertavam com os gêneros mais populares da Sétima Arte (terror, ação, fantástico e os “filmes de motocicletas”). O fantástico, mesclado ao onírico e aos efeitos de terror e suspense deu a seus filmes a tradução mais fiel possível do universo de Poe nas telas de cinema.

Durante os anos 1950-1960, Roger Corman foi o rei dos “drive-in” americanos, produzindo e dirigindo películas que formaram o imaginário de violência e sexo desses espaços públicos de exibição de filmes. Ele deu também possibilidades a nomes como Francis Ford Copolla (1939), Peter Bogdanovich (1939) e Monte Hellman (1932) para fazerem cinema. E é admirado por cineastas que surgiram para o grande público a partir dos anos 1990, como Quentin Tarantino e Robert Rodriguez. Além de ser cultuado pelo mestre do horror brasileiro, José Mojica Marins, e, pelo inventor do subgênero “terrir”, também brasileiro, Ivan Cardoso.

Sua carreira de diretor deteve-se em 1990, mas Corman continua produzindo filmes até hoje de cineastas pouco conhecidos, sendo que a maioria desses filmes são, logicamente, de terror e aventuras B.

·         POE NO CINEMA:

Poe está nos cinemas do mundo desde os primórdios da Sétima Arte, em especial do cinema americano. Com 276 registros de produções audiovisuais de suas histórias, segundo o site IMDb (Internet Movie Database), Edgar Allan Poe só perde para o escritor inglês William Shakespeare. Poe também é conhecido como o criador dos contos, das novelas e dos romances policiais, portanto, pode ser interpretado como a fonte original de um gênero cinematográfico que é utilizado até hoje e os cineastas não se cansam de reproduzir.

As primeiras adaptações da obra de Poe começaram:

de fato, (...) no momento de fundação do cinema americano. Em 1909, o diretor David Wark Griffith (1875-1948), considerado o pioneiro da linguagem cinematográfica clássica, fez o curta ‘Edgar Allan Poe’, no qual se misturam temas da obra como uma livre recriação de sua biografia. Também em 1909, o mesmo diretor transformou a trama do conto ‘O Barril de ‘Amontillado’ (1846) no curta ‘The Sealed Room’ (O Quarto Cerrado). Em 1914, Griffith retoma três textos de Poe (os contos ‘O Poço e o Pêndulo’ e ‘O Coração de Delator’, mais o poema ‘Annabel Lee’) no filme ‘Consciência Vingadora’. (CARLOS, Cássio Starling, 2013, p. 51-52).



Porém, a influência do escritor estadunidense, não se restringe às origens do cinema americano. Veja-se:

em 1913, o conto  ‘William Wilson’ serviu de base para o filme alemão ‘O Estudante de Praga’, título precursor do movimento expressionista, que na década seguinte endemoninhou as telas com histórias de monstros, fantasmas e possessões malignas.
No início dos anos 1930, o estúdio Universal tira proveito do prazer do medo, retoma Poe para produzir novas versões de ‘Os assassinatos da Rua Morgue’ (1932), ‘O Gato Preto’ (1934) e ‘O Corvo’ (1935). (Ibdem, p. 52).


O sucesso do ciclo de adaptações de Edgar Allan Poe feito por Roger Corman no início dos anos 1960, levou os europeus a produzirem na forma de filme de episódios, então bastante recorrente, o filme ‘Histórias Extraordinárias’, em que os diretores Louis Malle (1932-1995), Roger Vadim (1928-2000) e Federico Fellini (1920-1993) realizaram, com resultados desiguais, três contos do escritor: ‘Nunca aposte sua cabeça com o diabo’, transformado por Fellini no segmento ‘Toby Dammitt’, “é uma pequena obra-prima, um filme saturado em que a estética delirante do cineasta italiano encontra no material de Poe um veículo para extravasar seu medo da morte.” (Ibdem, p. 53).




·         CONCLUSÃO:

As alterações realizadas pelo diretor Roger Corman, junto às modificações que seu roteirista realizou para a adaptação cinematográfica do conto de Edgar Allan Poe, “A Queda da Casa de Usher”, mudando alguns aspectos do conto, foram necessárias, em termos dramáticos e de suspense, para prender a atenção do espectador de filmes de terror, mas o conto de Poe como literatura também se sustenta, pois, a película tem todos os ingredientes típicos da obra de Poe: sobrenatural, maldição, sugestão, mistério, dualidade entre céu e inferno, vida e morte, terreno/mundano e divino, etc., tudo que o poeta europeu Charles Baudelaire reverenciaria anos depois na França e que influenciaria no surgimento do Simbolismo Literário naquele país, com os chamados poetas malditos / decadentes: Mallarmé, Rimbaud, Verlaine, etc.

No filme de Corman, o cineasta retira a narração em primeira pessoa e torná-la ciente para todos os espectadores, pela visão da personagem Philip, mas alguns acontecimentos da película são obra do roteiro fílmico e alterações livres do conto original, para, como já dito, dar dinamicidade ao longa-metragem.

·         REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:

FILME-DVD-FASÍCULO:

CARLOS, Cássio Starling, GUIMARÃES, Pedro Maciel, ANTÔNIO, Daniel. A queda da casa de Usher: um filme baseado na obra de Edgar Allan Poe. São Paulo: Folha de S. Paulo, 2013. (Coleção Folha Grandes Livros no Cinema; v. 13).

LIVRO:


POE, Edgar Allan. Histórias extraordinárias. Tradução de Pietro Nassetti. São Paulo: Martin Claret, 2002.

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