PASSOS
NA NOITE (OTTO PREMINGER/EUA/1950)
(“NENHUM
NOIR É DICOTÔMICO: BOM OU MAU?! – O MEIO-TERMO É A ESSÊNCIA HUMANA”):
(CRÍTICA
POR RAFAEL VESPASIANO)
“Os
filmes “enquadrados” no gênero “noir”, clássico, são brutais para os
espectadores, pois estes se afeiçoam a vilões, mocinhos, femme fatales, anti-heróis,
não tem como é da natureza humana: a empatia. Mas, neste filme, em específico a
personagem vivida por Dana Andrews é um policial linha dura, erra algumas
vezes, pega pesado, mas é vilão?
Sua
personagem também faz boas ações, mas tem que corrigir um erro, um vacilo, um
deslize, que é um crime cometido por ele, mesmo que sem querer. E agora? O
roteiro é genial é lidar com essas questões. Preminger em nenhum momento fecha
questão sobre a personagem, isto fica à cargo do espectador e dos críticos.
A
cidade de New York é retratada com seus silêncios e “sons” murmurantes e os
passos sorrateiros da noite; a ambiência de crime e corrupção permeia o filme
todo. A dualidade aqui não é sintética entre o bem e o mal, ou um, ou outro,
mas parabática, os opostos se complementam. E a redenção, mero detalhe,
talvez...”.
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