domingo, 13 de dezembro de 2015

PASSOS NA NOITE (OTTO PREMINGER/EUA/1950): (“NENHUM NOIR É DICOTÔMICO: BOM OU MAU?! – O MEIO-TERMO É A ESSÊNCIA HUMANA”)

PASSOS NA NOITE (OTTO PREMINGER/EUA/1950)


(“NENHUM NOIR É DICOTÔMICO: BOM OU MAU?! – O MEIO-TERMO É A ESSÊNCIA HUMANA”):





(CRÍTICA POR RAFAEL VESPASIANO)


“Os filmes “enquadrados” no gênero “noir”, clássico, são brutais para os espectadores, pois estes se afeiçoam a vilões, mocinhos, femme fatales, anti-heróis, não tem como é da natureza humana: a empatia. Mas, neste filme, em específico a personagem vivida por Dana Andrews é um policial linha dura, erra algumas vezes, pega pesado, mas é vilão?

Sua personagem também faz boas ações, mas tem que corrigir um erro, um vacilo, um deslize, que é um crime cometido por ele, mesmo que sem querer. E agora? O roteiro é genial é lidar com essas questões. Preminger em nenhum momento fecha questão sobre a personagem, isto fica à cargo do espectador e dos críticos.


A cidade de New York é retratada com seus silêncios e “sons” murmurantes e os passos sorrateiros da noite; a ambiência de crime e corrupção permeia o filme todo. A dualidade aqui não é sintética entre o bem e o mal, ou um, ou outro, mas parabática, os opostos se complementam. E a redenção, mero detalhe, talvez...”.

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