Do Mundo Nada se Leva (You Can’t
Take It With You, Frank
Capra, EUA, 1938):
(“O
ANTAGONISMO ENTRE NEGÓCIOS E FESTAS: O ELO É O AMOR”):
(CRÍTICA
POR RAFAEL VESPASIANO):
“O principal foco da construção
narrativa da obra de Frank Capra em Do
Mundo Nada Se Leva é o amor e suas impossibilidades e possibilidades
amorosas, estruturadas por um roteiro exemplar de Robert Riskin, que retrata a
história de Alice Sycamore (Jean Arthur) e Tony Kirby (James Stewart), que
separados pelas diferentes realidades sociais, lutam contra a incompatibilidade
hierárquica social e política das famílias.
A de Tony, conservadora e
abastada se põe desde o início do filme contra o casamento dele com Alice, sua
secretária, por quem se apaixona, cuja família é mais simples e mais baixa em status social, porém dona de um lar onde
sempre se encontram os fogos de artifício, música, dança e diversas invenções,
uma família apesar das dificuldades extremamente festiva e alegre com a vida em
geral.
Já Tony, vice-presidente do banco
do pai, sente-se distante de sua família e é oprimido por sua realidade e o que
querem dele, deslumbra-se com aquela família em que todos fazem o que desejam,
em um momento em que o mundo se via às portas da Segunda Guerra Mundial. Ao
longo da narrativa, o avô de Alice, Vanderhof (Lionel Barrymore), o dono do
terreno da comunidade se recusa a vendê-lo para o pai de Tony, indo contra os
planos do banqueiro e gerando conflitos entre as famílias.
O antagonismo de realidades
exposto acima, entre a realidade do momento e a necessidade de conquistar o
sucesso através dos negócios e o mundo dos sonhos, que dispensa os valores
essenciais tão importantes para a primeira situação se evidencia nas
personalidades do banqueiro e do dono da comunidade e a união das situações,
resultado do choque entre os valores antagônicos, se dar no romance de Tony e Alice.
”
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