sexta-feira, 22 de setembro de 2017

IMENSIDÃO (VAZIA) DA VIDA/PRAIA DO AMOR E DA DOR-RAFAEL VESPASIANO-POEMAS

IMENSIDÃO (VAZIA) DA VIDA

“Hoje durante um segundo/eu fiquei a sós/s.o.s. com o mundo/hoje eu encontrei no fundo do poço/o meu rosto”.
(Marcus Vinícius)

“Cinema é a maior diversão! Você ao ver um filme, além de curtição,
deve procurar reflexão. Pelo menos é assim que esse ser “pensante” pensa.
Ao ver “Imensidão Azul”, pensei em quanto a vida é uma estranha e vazia ilusão.
(As pessoas colocam metas e objetivos em suas vidas. Lógico. Isso é racional. É o sentido da vida.)

Contudo: por que ter sentido em nossas existências?
Se ao chegarmos no ponto culminante de nossas vidas, o sentido torna-se dispensável?...
Assim, o sentido existencial humano é profundo, logicamente, imenso, de várias cores:
azul, vermelho, amarelo...
Mas, talvez, seja na ausência da cor, da luz, na escuridão mesmo da existência, é que você
chega à conclusão: da nossa imensa e plena vazia existencialidade.
Os objetivos? As metas? Foram para o fundo do oceano.
Tudo em vão...

A vida é, pois, uma imensidão vazia (azul?), que seja, mas vazia! ”





PRAIA DO AMOR E DA DOR

Dedicado a Marcela.

“Eu estou sozinho, apaixonado, sem ninguém ao meu lado, aqui à beira-mar,
neste amanhecer, belo da Natureza, mas Triste e Amargo do meu Ser.
Amanhecer que deturpado pela minha mente Sombria e Triste transforma-se,
numa aurora lúgubre e nublada, pois, a Razão da minha Existência não está
mais aqui...

Eu tento me levantar a cada aurora, nos recantos do nosso Amor, onde ainda
sobrevivo...
À beira-mar, sinto-me merencório, sempre pensando em Ti, que para mim
estás em toda parte, mas já desapareceste do alcance das minha mãos e
carinhos; Tua presença é agora íntima, espiritual e sensória...

No meu Espírito guardo as melhores lembranças de Ti ao meu lado...
Bonança...
Nesta Praia do Amor, outrora vivemos felizes, hoje estou SÓ, no presente, sem
ninguém ao meu lado, SÓ com a Amargura de perder-te...

O único consolo para o meu Ser torturado é a beleza da Praia do nosso enlace
amoroso...
Tu foste para a Constelação da Paixão, outrora sonhada por nós, onde
viveríamos eternamente juntos...
Resta (sobre)-viver na beleza da Praia da Paixão, que se transmudou na
lúgubre Praia da Dor e da Solidão...
(...)
À beira-mar (per)-sigo em vão...”.


(Rafael Vespasiano). 02 de setembro de 2017, às 17h19.






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