quarta-feira, 18 de abril de 2018

(Hitokiri – O Catigo, de Hideo Gosha, Japão, 1969): (Um Exemplar Chambara do Gênio Gosha)


(Hitokiri – O Catigo, de Hideo Gosha, Japão, 1969):

(Um Exemplar Chambara do Gênio Gosha):

Hideo Gosha.

“Hitokiri – O Catigo, de Hideo Gosha, 1969 é mais um belo filme japonês chmabara e o que ele possui em comum com, por exemplo, os faroestes estadunidenses, é a exemplar perfeição formal e temática, pois dialoga com vários gêneros fílmicos, como os citados westerns americanos, em termos de violência, vingança e traições.
Inspirado no romance de Ryotaro Shiba, Hitokiri – O castigo, é uma das muitas amostras de que Gosha é mais que um diretor, é um poeta das imagens, com uma fotografia belíssima e uma direção de arte deslumbrante. A luta do prólogo é apenas um detalhe do que está por vir. Okada Izo, o protagonista, é animal sem rédeas com sua espada. A violência presente no seu trabalho é um contraponto para suas emoções, a tensão psicológica está presente em todo o enredo, mesmo que sugestivamente. A trama gira além de em torno de Izo, no final do Xogonato Tokugawa, aí o protagonista Izo é enredado numa teia de manipulação por líder de um clã de samurais, tornando-se um samurai sanguinário. O que dialoga com alguns westerns estadunidenses como citado mais acima.
Izo tem espírito livre, mas seu corpo depende do pagamento e das ordens de seu mestre Hanpeita. Parece um ronin, mas sua devoção não permite que ele leve o caminho errante como estilo de vida. Mas qual será o desfecho deste chambara cheio de ambiguidades temáticas, psicológicas e de variantes no enredo?...”




                                                           Cartaz do Filme.

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