(Hitokiri – O Catigo,
de Hideo Gosha, Japão, 1969):
(Um Exemplar
Chambara do Gênio Gosha):
Hideo Gosha.
“Hitokiri – O Catigo,
de Hideo Gosha, 1969 é mais um belo filme japonês chmabara e o que ele possui
em comum com, por exemplo, os faroestes estadunidenses, é a exemplar perfeição
formal e temática, pois dialoga com vários gêneros fílmicos, como os citados
westerns americanos, em termos de violência, vingança e traições.
Inspirado
no romance de Ryotaro Shiba, Hitokiri – O
castigo, é uma das muitas amostras de que Gosha é mais que um diretor, é um
poeta das imagens, com uma fotografia belíssima e uma direção de arte deslumbrante.
A luta do prólogo é apenas um detalhe do que está por vir. Okada Izo, o
protagonista, é animal sem rédeas com sua espada. A violência presente no seu
trabalho é um contraponto para suas emoções, a tensão psicológica está presente
em todo o enredo, mesmo que sugestivamente. A trama gira além de em torno de
Izo, no final do Xogonato Tokugawa, aí o protagonista Izo é enredado numa teia
de manipulação por líder de um clã de samurais, tornando-se um samurai
sanguinário. O que dialoga com alguns westerns estadunidenses como citado mais
acima.
Izo
tem espírito livre, mas seu corpo depende do pagamento e das ordens de seu
mestre Hanpeita. Parece um ronin, mas
sua devoção não permite que ele leve o caminho errante como estilo de vida. Mas
qual será o desfecho deste chambara
cheio de ambiguidades temáticas, psicológicas e de variantes no enredo?...”
Cartaz do Filme.
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