Um
Casal Perfeito
(Robert Altman, 1979)
Trata-se
de um filme de miscelânea de gêneros: drama, comédia, romance, musical (trechos
musicais, não um musical strictu sensu), enfim uma tragicomédia seria a melhor
definição para a obra do cineasta Robert Altman.
Alex
e Sheila se conhecem através de uma agência de encontros e desde o primeiro
encontro somam desencontros, idas e vidas no início de um relacionamento tumultuoso,
trágico e cômico, mas a relação é sempre manejada pelo roteiro com bom-humor,
sarcasmo, ironia e muita música, ora ‘clássica’, ora ‘popular’ da banda do nome
sugestivo “Mantendo-os fora da rua”.
Alex
é membro de uma família grego-estadunidense retrógrada, principalmente na figura
do patriarca retrógado; Sheila divide um apartamento com a banda em comunidade.
É um choque para ambos conheceram as ‘famílias’ do outro, as duas são aberrações,
bizarrices para Sheila em relação à família de origem grega de Alex, e este vê
a família ‘alternativa’ de Sheila como aberração.
Ao
fim do filme temos a melhor sequência-cena do filme, na qual o início do filme
se une ao final em um roteiro se não perfeito, ao menos atrativo, e o ‘casal
perfeito’ é imperfeito na perfeição dos acasos da vida. O ‘casal perfeito’
formado por Alex e Sheila, por fim, é reverberado em um outro casal, denominado
nos créditos finais do filme como ‘um casal imperfeito’, que aparece em seis
cenas e serve de espelho das relações do casal-protagonista.
Nenhum comentário:
Postar um comentário