sexta-feira, 22 de março de 2019


Um Casal Perfeito (Robert Altman, 1979)



Trata-se de um filme de miscelânea de gêneros: drama, comédia, romance, musical (trechos musicais, não um musical strictu sensu), enfim uma tragicomédia seria a melhor definição para a obra do cineasta Robert Altman.
Alex e Sheila se conhecem através de uma agência de encontros e desde o primeiro encontro somam desencontros, idas e vidas no início de um relacionamento tumultuoso, trágico e cômico, mas a relação é sempre manejada pelo roteiro com bom-humor, sarcasmo, ironia e muita música, ora ‘clássica’, ora ‘popular’ da banda do nome sugestivo “Mantendo-os fora da rua”.
Alex é membro de uma família grego-estadunidense retrógrada, principalmente na figura do patriarca retrógado; Sheila divide um apartamento com a banda em comunidade. É um choque para ambos conheceram as ‘famílias’ do outro, as duas são aberrações, bizarrices para Sheila em relação à família de origem grega de Alex, e este vê a família ‘alternativa’ de Sheila como aberração.
Ao fim do filme temos a melhor sequência-cena do filme, na qual o início do filme se une ao final em um roteiro se não perfeito, ao menos atrativo, e o ‘casal perfeito’ é imperfeito na perfeição dos acasos da vida. O ‘casal perfeito’ formado por Alex e Sheila, por fim, é reverberado em um outro casal, denominado nos créditos finais do filme como ‘um casal imperfeito’, que aparece em seis cenas e serve de espelho das relações do casal-protagonista.   



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