-
Os Inocentes (The Innocents, Jack Clayton, 1961,
GBR):
- Baseado no conto “A Outra Volta do Parafuso”,
de Henry James, 1898; roteiro adaptado por Truman Capote -, (escritor de “À
Sangue Frio”, 1966, ver o filme Capote, 2005, de Bennett Miller, com
Philip Seymour Hoffman) -, e William Archibald;
-
Mrs. Giddens (Deborah Kerr) é filha de pastor, governanta, no começo do filme ela
nos é apresentada implorando pela salvação das almas de algumas pessoas não
determinadas; a história se passa na Época Vitoriana;
-
A personagem Senhorita Giddens é contratada pela personagem interpretada por
Michael Redgrave nomeada apenas como “O Tio” para cuidar de seus sobrinhos,
Flora e Miles, duas crianças órfãs;
-
Ele, “O Tio”, demonstra honestidade e pouco interesse pelos sobrinhos que vivem
no campo;
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Poucas personagens completam a trama: Sra. Grose (governanta), Anna
(cozinheira); o espaço é de uma mansão gigantesca cheia de quartos vazios (ou
não!), a maioria das cenas se passa no interior da casa; algumas no jardim;
inclusive existem algumas cenas memoráveis com diálogos expressivos quanto à
carga simbólica do conteúdo proposto na história; e duas personagens
misteriosas;
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Estes detalhes se entrelaçam para um roteiro enxuto e perfeito, cuja a temática
gira em torno de questões como: Pecado X Pureza; opostos complementares;
dinâmicos;
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As crianças sempre nos aparecem entre luz e sombra e, isto se deve a iluminação
das velas, em uma ambiência claustrofóbica; a maioria das vezes as cenas se
passam à noite, inclusive o clímax; fotografia em preto-e-branco não é por acaso;
- Possessão – ponto de interrogação, talvez não
seja o ponto mais relevante da trama; porém, onde está a corrupção; na imaginação
e ou na realidade propriamente dita da história; o que é real, o que é ilusão-sonho-ou-pesadelo;
por último, um detalhe de suma importância são os sussurros que são ouvidos ou
não pela Senhorita Giddens; eis o maior enigma.
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