sábado, 11 de junho de 2016

(“A VINGANÇA DOS 47 RONINS”, 1941-42, KENJI MIZOGUCHI): (“A HONRA E O VALOR DE SER UM SAMURAI”)

(“A VINGANÇA DOS 47 RONINS”, 1941-42, KENJI MIZOGUCHI):

(“A HONRA E O VALOR DE SER UM SAMURAI”):

(CRÍTICA POR RAFAEL VESPASIANO)





“Existem três versões clássicas nipônicas no cinema, para o fato histórico dos 47 samurais que buscam vingar seu falecido suserano, além de ser um acontecimento histórico do Japão feudal e, que ganhou status de lenda nacional.

1701, Lorde Asano é obrigado a cometer seppuku, após desentendimento fútil, pois agrediu o esnobe Mestre Kira, que destratou Asano. Kira é um mestre de cerimônias do Xogum. Os samurais de Lorde Asano decidem vingar a morte-suicídio deste.

Mizoguchi é um clássico diretor japonês e um dos maiores diretores de todos os tempos. Filmou os 47 ronins em duas partes, 1941 e 1942, totalizando quatro horas de uma obra-prima. Mizoguchi realizou uma película fiel e exemplar do clássico simbolismo do Bushido, o código de honra samurai.

47 ronins lutam pela sua honra e pela honra ferida do mestre deles. O filme perpassa pelos conflitos emocionais de cada ronin e por relações entre si e os rivais. Mizoguchi além de se basear no fato histórico, na lenda popular, também se baseou em uma peça teatral. O filme respira teatralidade, de maneira convincente e alegórica. O enredo transcorre sem pressa e esmiúça a miúde, de forma exemplar e lírica, a jornada dos 47 ronins.

As lutas, os combates, a ação propriamente dita, é abordada em poucas cenas, o diretor prefere explorar mais a conduta moral, valores, inter-relações pessoais, emocionais e a psicologia dos ronins.


Enfim, o filme busca entender o que é “SER UM SAMURAI.””.

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