(“A
VINGANÇA DOS 47 RONINS”, 1941-42, KENJI MIZOGUCHI):
(“A
HONRA E O VALOR DE SER UM SAMURAI”):
(CRÍTICA
POR RAFAEL VESPASIANO)
“Existem
três versões clássicas nipônicas no cinema, para o fato histórico dos 47
samurais que buscam vingar seu falecido suserano, além de ser um acontecimento
histórico do Japão feudal e, que ganhou status de lenda nacional.
1701,
Lorde Asano é obrigado a cometer seppuku, após desentendimento fútil, pois
agrediu o esnobe Mestre Kira, que destratou Asano. Kira é um mestre de
cerimônias do Xogum. Os samurais de Lorde Asano decidem vingar a morte-suicídio
deste.
Mizoguchi
é um clássico diretor japonês e um dos maiores diretores de todos os tempos.
Filmou os 47 ronins em duas partes, 1941 e 1942, totalizando quatro horas de
uma obra-prima. Mizoguchi realizou uma película fiel e exemplar do clássico
simbolismo do Bushido, o código de honra samurai.
47
ronins lutam pela sua honra e pela honra ferida do mestre deles. O filme
perpassa pelos conflitos emocionais de cada ronin e por relações entre si e os
rivais. Mizoguchi além de se basear no fato histórico, na lenda popular, também
se baseou em uma peça teatral. O filme respira teatralidade, de maneira
convincente e alegórica. O enredo transcorre sem pressa e esmiúça a miúde, de
forma exemplar e lírica, a jornada dos 47 ronins.
As
lutas, os combates, a ação propriamente dita, é abordada em poucas cenas, o
diretor prefere explorar mais a conduta moral, valores, inter-relações pessoais,
emocionais e a psicologia dos ronins.
Enfim,
o filme busca entender o que é “SER UM SAMURAI.””.
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