sexta-feira, 3 de junho de 2016

(“RESSURREIÇÃO”, 1872, MACHADO DE ASSIS): (“MACHADO SURGINDO COMO UM GRANDE ROMANCISTA”)

(“RESSURREIÇÃO”, 1872, MACHADO DE ASSIS):

(“MACHADO SURGINDO COMO UM GRANDE ROMANCISTA”):

(CRÍTICA POR RAFAEL VESPASIANO)





“Bom início como romancista de Machado de Assis. Seus romances evoluem da terceira pessoa onisciente intrusa para primeira pessoa parcial. Aqui, em Ressurreição já há ironia, sarcasmo e ironias ao Romantismo Brasileiro, tipicamente burguês e frívolo. Vemos já traços do romantismo inglês e francês, contudo, respectivamente, de Sterne e de Maistre e, do romantismo alemão. E, lógico do realismo artístico de Flaubert e, posteriormente, Dostoiévski e Tólstoi seriam tradições que podem se correlacionar com a obra de Machado de Assis. Ressurreição é o primeiro passo para o grande romancista que amadureceu em Machado. Neste romance, Ressurreição, o narrador e, às vezes, o autor implícito, tem o objetivo declarado, que o narrador “estude” um caráter, o de Félix, em contraponto com o caráter de Lívia, e, a trama é mínima. Alguns fluxos de consciência; algumas digressões já se observam. As conversas irônicas com os leitores já se fazem presentes. As advertências aos seus livros, espécie de prólogos machadianos, já aparece também aqui e já prefigurava muito do que esperar do romance supracitado.”

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