(“RESSURREIÇÃO”,
1872, MACHADO DE ASSIS):
(“MACHADO
SURGINDO COMO UM GRANDE ROMANCISTA”):
(CRÍTICA
POR RAFAEL VESPASIANO)
“Bom
início como romancista de Machado de Assis. Seus romances evoluem da terceira
pessoa onisciente intrusa para primeira pessoa parcial. Aqui, em Ressurreição já há ironia, sarcasmo e
ironias ao Romantismo Brasileiro, tipicamente burguês e frívolo. Vemos já
traços do romantismo inglês e francês, contudo, respectivamente, de Sterne e de
Maistre e, do romantismo alemão. E, lógico do realismo artístico de Flaubert e,
posteriormente, Dostoiévski e Tólstoi seriam tradições que podem se
correlacionar com a obra de Machado de Assis. Ressurreição é o primeiro passo para o grande romancista que
amadureceu em Machado. Neste romance, Ressurreição,
o narrador e, às vezes, o autor implícito, tem o objetivo declarado, que o
narrador “estude” um caráter, o de Félix, em contraponto com o caráter de
Lívia, e, a trama é mínima. Alguns fluxos de consciência; algumas digressões já
se observam. As conversas irônicas com os leitores já se fazem presentes. As
advertências aos seus livros, espécie de prólogos machadianos, já aparece
também aqui e já prefigurava muito do que esperar do romance supracitado.”
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