quinta-feira, 13 de agosto de 2015

“O TÚMULO VAZIO”: (“WISE, KARLOFF E LUGOSI: NUM FILME DE TERROR B”)

“O TÚMULO VAZIO”
(ROBERT WISE, EUA, 1945)

(“WISE, KARLOFF E LUGOSI: NUM FILME DE TERROR B”):

(CRÍTICA POR RAFAEL VESPASIANO)



O cineasta Robert Wise é um dos mais ecléticos dos diretores do mainstream clássico de Hollywood, de musicais primorosos e premiadíssimos, como “A Noviça Rebelde” e “Amor sublime amor”, passando pela série cult de ficção-científica, Jornada nas Estrelas, ele dirigiu o primeiro filme para o cinema, em 1979, uma série que dura até hoje, uma verdadeira febre e culto dos cinéfilos ávidos por tudo que envolve Star Trek. Mas, ainda em início de carreira realizou, em 1945, realizou um filme despretensioso a princípio, chamado “O Túmulo Vazio”, baseado em conto de Robert Louis Stevenson, o mesmo de “O médico e o monstro” e “A ilha do tesouro”, que já renderam várias adaptações para o cinema. No filme de 1945, um filme B de terror, Wise uniu dos ícones do terror dos anos 30/40, Bela Lugosi e Boris Karloff, respectivamente, o Drácula (de baseado no romance homônimo, de Bram Stocker) e a criatura (do romance Franskstein, de Mary Shelly) dos clássicos da Universal Studios.

“O túmulo vazio” prima por uma atmosfera amedrontadora, um clima mórbido de medo arrepiante. Na Edimburgo de 1831, o cocheiro vivido por Karloff arranja cadáveres para a pesquisa do médico MacFarlane de uma forma um tanto inusitada: nas madrugadas -, (horripilantes em sua ambiência, dada pelo toque do cineasta genial que é Robert Wise) -, ele rouba corpos do cemitério para servirem de cobaia para os estudos do doutor e seus alunos, entre eles o promissor pupilo Fettes.


A fotografia de “O túmulo vazio” é um puro deleite do macabro e do horror. Utilizando recursos de luz e sombra, típicos do fim noir, o filme consegue passar toda a atmosfera claustrofóbia e sombria da cidade, em especial nas cenas de “caça” de Gray. E Bela Lugosi tem sua participação, que é pequena mas vale pelo todo do filme. Na pele de Joseph, empregado da casa de MacFarlane, a personagem de Lugosi participa de uma das melhores cenas do longa, um embate com Karloff para deixar os fãs do terror deslumbrados e extasiados ao assistirem dois ícones do cinema de terror, digladiando-se numa luta de monstros sagrados do horror clássico.”

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