“A
NOITE DO DEMÔNIO” (JACQUES TOURNEUR, 1957):
(“O MEDO CONSTANTE EM UM FILME GENIAL”):
(CRÍTICA
POR RAFAEL VESPASIANO)]
“A
noite do demônio é mais uma obra-prima do mestre Jacques Tourneur, este também
conhecido por ser um dos cineastas mais talentosos quando se trata do “cinema
fantástico”. A narrativa mostra uma sequência de mortes, ao mesmo tempo que um
famoso psicólogo americano viaja para Londres, para com seus conhecimentos
científicos e ceticismo, desmascarar um suposto líder de uma seita demoníaca.
Desde
os tempos mais antigos, uma maldição literalmente demoníaca assola qualquer
pessoa que ousar se envolver de qualquer jeito com a mesma, a fim de se
beneficiar, usar ou desmascarar àquela. “A noite do demônio” mostra um
psicólogo de viagem a Londres para investigar tal maldição e se envolve numa “intriga
diabólica”, que talvez o faça rever seu ceticismo em relação ao sobrenatural.
Para isso, Tourneur optou por mostrar a imagem crua do diabo como ele é
reconhecido pelo senso comum e pela tradição popular.
A
ambiência criada pelo cineasta, em uma fotografia preto-e-branco ímpar, é uma
tensão e uma sensação de claustrofobia e medo constantes -, uma floresta
claustrofóbica, com seus diversos ruídos assustadores -, passando ao espectador
uma sensação de terror, horror e suspense total, porém, sempre de maneira
sugestiva e sensorial. O filme, então, é hipnotizante e aterrador, com um final
ambíguo e dual, típico de Jacques Tourneur.”
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