terça-feira, 11 de agosto de 2015

“O CHICOTE E O CORPO”
(MARIO BAVA, ITA, 1963)

(“O TERROR SENSORIAL DE BAVA”):

(CRÍTICA POR RAFAEL VESPASIANO)


“O chicote e o corpo”, para muitos críticos, é uma obra-prima, (mais uma!), de Mario Bava, um dos mestres do Horror Italiano e Mundial, lógico. A ambiência que o cineasta cria em seus filmes, e neste não é diferente, é de apreensão, medo, ânsia, angústia, claustrofobia, etc., todos elementos que causam sensações -, (seus filmes são muito sensoriais, remetendo até aos Simbolistas e Decadentistas da Poesia do final do século XIX) -, amedrontadoras e arrepiantes, puro terror fílmico. E este é o seu objetivo, pois Mario Bava está aqui com o único intuito de criar filmes de horror, e, portanto, assustadores. E, diga-se de passagem, ele consegue, efetivamente.

O enredo se passa no século XIX, em um castelo soturno, claustrofóbico e sinistro. Um dos membros da família volta à casa e passa amedrontar os moradores dela, até o momento, em que certa noite, é encontrado morto e seus fantasma/espírito passa a fazer aparições aterrorizantes aos seus parentes.


O terror aqui não é físico, mas sim psicológico, ou seja, o verdadeiro horror cinematográfico de qualidade, do qual Bava é um representante clássico deste grupo seleto de realizadores. O jogo psicológico de suspense, no filme em questão, é baseado sempre nos sentidos das personagens e também dos espectadores, uma ambiência sensorial arrepiante e horripilante. Filme de nuances audiovisuais, sonoplastia apurada (ruídos dos ventos); trilha sonora é condizente com a atmosfera fantasmagórica; iluminação com cores vivas e câmera subjetiva, o que leva o espectador para mais perto do filme, e, aquele fica cada vez mais envolvido com a trama e com medo também! ”

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