(“48
Horas!”, de
Alberto Cavalcanti, GBR, 1942): “O Vilarejo e o Mundo em Guerra.”:
“Nesta
obra-prima, de Alberto Cavalcanti, 48 horas!, que não de forma alguma um filme
de propaganda antinazista, mas antes um filme irônico e nesta parábase um filme
pacifista e antibelicista. A ambiência das primeiras cenas os primeiros minutos
não faz pensar ao espectador em Segunda Guerra Mundial e em batalhas a serem
mostradas.
Há calma e paz quase bucólicas nesta
Inglaterra, comportamento bondoso das pessoas do campo. Porém, são os tempos de
Hitler e o Nazismo foraz, e, os moradores de uma pacata vila inglesa começam a
matar. É uma saída para não morrerem nas mãos dos nazistas, quando estes fingem
ser também ingleses e passam a dormir em suas casas, em um local quase perdido
no mapa, desconhecido, para com intenção deliberada do roteiro e do cineasta em
mostrar o caos da Segunda Grande Guerra que devastou e entrou em qualquer lugar
do mundo, direta ou indiretamente.
Com
os conflitos que surgem bélicos e ‘pequenas’ batalhas, cada inglês, cada
pessoa, cada ‘aliado’, até mesmo o mais ingênuo, terá de tomar um lado: ou está
com os alemães ou está com seus conterrâneos. E estar do lado ‘certo’...; significa
estar pronto para lutar e para morrer. Em 48
Horas!, o que assusta não é a maldade, mas a permanência da ingenuidade do
lado dos ‘heróis’?..., de toda aquela gente comum que passa a lutar, a matar, a
pegar em armas para proteger sua terra.
Perigo
maior, aos moradores da vila atemporal, é ter seu status de vida já
estabelecido ameaçado, por uma guerra mundial e que afeta a todos, além do bem e do mal...”
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