sábado, 10 de março de 2018

A Conspiração do Clã Yagyu (Yagyu ichizoku no inbo, de Kinji Fukasaku, Japão, 1978): “Uma tentativa tardia de reviver o gênero chambara”


A Conspiração do Clã Yagyu (Yagyu ichizoku no inbo, de Kinji Fukasaku, Japão, 1978): “Uma tentativa tardia de reviver o gênero chambara”:

Poster do filme. 

Por Rafael Vespasiano.


“No enredo do filme, o xogum morre cercado de suspeitas conspiratórias; seus dois filhos começam uma luta sangrenta pelo poder. Primeiro chambara do consagrado cineasta japonês Kinji Fukasaku (diretor do clássico de guerra, Tora! Tora! Tora!, filme espetacular por sinal que mostra a visão japonesa do ataque do Japão a Pearl Arbor, durante a Segunda Guerra Mundial, o que provocou a entrada definitiva estadunidense na Guerra, com consequências trágicas futuras para os japoneses em Hiroshima e Nagasaki, com o terrível ataque atômico dos EUA a estas cidades japonesas.
 Mas este chambara, A conspiração do Clã Yagyu, também é magnífico e épico, produzido pela Toei e foi mais uma tentativa de reviver a era de ouro daquele gênero típico da cinematografia japonesa.
O resumo da trama (com alguns spoilers) é: após a morte do segundo shogun Tokugawa, é revelado que ele foi envenenado por vassalos de seu filho Iemitsu, na esperança de ganhar o xogunato, apesar da gagueira e marca de nascença que minam seu respeito; Iemitsu e seu irmão Tadanaga se tornam rivais pelo xogunato, e a terra está dividida em facções, eventualmente com a erupção de uma guerra, que se transforma em batalhas sangrentas brilhantemente filmadas e coreografadas pelo cineasta. O mentor de Iemitsu, seu instrutor de esgrima Yagyu, está fixado em garantir a Iemitsu, o xogunato e acaba traindo a todos, até mesmo a sua própria família, em busca do objetivo.
Um chambara forte, tenso psicologicamente e violento nas batalhas e duelos de uma magnitude ímpar entre os chambaras da era tardia do gênero no Japão. Uma obra-prima a mais entre os filmes deste gênero -, tão forte e típico entre os japoneses e um gênero do cinema reconhecido internacionalmente, merecidamente, diga-se de passagem, ainda mais no caso do supracitado filme por ser dirigido brilhantemente pelo cineasta genial que é Kinji Fukasaku, além de possuir um roteiro ímpar que reforço exemplarmente conduzido pelo diretor magnífico que é Fukasaku. ”


                                         O Diretor Kinji Fukasaku.

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