A Conspiração do
Clã Yagyu (Yagyu ichizoku
no inbo, de Kinji Fukasaku, Japão,
1978): “Uma tentativa tardia de reviver o gênero chambara”:
Poster do filme.
Por
Rafael Vespasiano.
“No
enredo do filme, o xogum morre cercado de suspeitas conspiratórias; seus dois
filhos começam uma luta sangrenta pelo poder. Primeiro chambara do consagrado cineasta japonês Kinji Fukasaku (diretor do
clássico de guerra, Tora! Tora! Tora!, filme
espetacular por sinal que mostra a visão japonesa do ataque do Japão a Pearl Arbor,
durante a Segunda Guerra Mundial, o que provocou a entrada definitiva
estadunidense na Guerra, com consequências trágicas futuras para os japoneses
em Hiroshima e Nagasaki, com o terrível ataque atômico dos EUA a estas cidades
japonesas.
Mas este chambara,
A conspiração do Clã Yagyu, também é
magnífico e épico, produzido pela Toei e foi mais uma tentativa de reviver a
era de ouro daquele gênero típico da cinematografia japonesa.
O
resumo da trama (com alguns spoilers)
é: após a morte do segundo shogun Tokugawa, é revelado que ele foi envenenado
por vassalos de seu filho Iemitsu, na esperança de ganhar o xogunato, apesar da
gagueira e marca de nascença que minam seu respeito; Iemitsu e seu irmão
Tadanaga se tornam rivais pelo xogunato, e a terra está dividida em facções,
eventualmente com a erupção de uma guerra, que se transforma em batalhas
sangrentas brilhantemente filmadas e coreografadas pelo cineasta. O mentor de
Iemitsu, seu instrutor de esgrima Yagyu, está fixado em garantir a Iemitsu, o
xogunato e acaba traindo a todos, até mesmo a sua própria família, em busca do
objetivo.
Um
chambara forte, tenso psicologicamente
e violento nas batalhas e duelos de uma magnitude ímpar entre os chambaras da era tardia do gênero no Japão.
Uma obra-prima a mais entre os filmes deste gênero -, tão forte e típico entre
os japoneses e um gênero do cinema reconhecido internacionalmente,
merecidamente, diga-se de passagem, ainda mais no caso do supracitado filme por
ser dirigido brilhantemente pelo cineasta genial que é Kinji Fukasaku, além de
possuir um roteiro ímpar que reforço exemplarmente conduzido pelo diretor
magnífico que é Fukasaku. ”
O Diretor Kinji Fukasaku.
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