“A
GRANDE ILUSÃO” (JEAN RENOIR/FRA/1937)
(“O
REALISMO POÉTICO DE RENOIR, EM PLENO HORROR DA PRIMEIRA GRANDE GUERRRA”):
(CRÍTICA
POR RAFAEL VESPASIANO)
“A
grade ilusão, de Jean Renoir, é considerado um dos grandes filmes franceses de
todos os tempos e da cinematografia mundial como um todo. Trata da Primeira
Guerra Mundial, em 1937, quando aquela ainda não era tratada como tal, e, a
sombra de Hitler se fazia surgir, para eclodir numa guerra de proporções
maiores, a Segunda Guerra Mundial, 1939-1945. Mas Adolf Hitler, não aparece no
filme de Renoir, a película narra a trama de soldados franceses presos em um
campo de prisioneiros alemão, em 1916, e, faz reflexões sobre a guerra e o
comportamento humano no meio dela.
Inspirou
filmes posteriores como Inferno Nº 17, de Billy Wilder, Fugindo do Inferno, com
Steve McQueen, e, mais recentemente, A Guerra de Hart, com o canastrão Bruce
Willis. Uma das cenas clássicas de A Grande Ilusão é aquela onde os soldados
franceses cantam A Marselhesa, em pleno território alemão, ou seja, a cena de
Casablanca vem um pouco depois.
Há
um aprofundamento psicológico de todas as personagens, tanto as francesas,
quanto as alemãs. Os diálogos entre eles são antológicos e primorosos, o que
propõe a mensagem antibelicista do filme, de Jean Renoir. Essas cenas que se
dão principalmente entre o Capitão alemão vivido pelo ator Erich von Stroheim e
os prisioneiros franceses têm a finalidade de propor uma mensagem de paz,
harmonia e antimilitarista.
Outros
temas abordados são: a amizade, mesmo entre inimigos, pois o capitão alemão não
concorda com a Guerra, está apenas cumprindo o seu dever, mas mantém uma
relação respeitosa com seus prisioneiros franceses; a disputa de classes é
outro tema debatido; amizade; saudade, etc.
Um
filme sobre o ser humano e como ele pode se sobrepor sobre as guerras e evita-las.”
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