sexta-feira, 2 de outubro de 2015

“A GRANDE ILUSÃO” (JEAN RENOIR/FRA/1937): (“O REALISMO POÉTICO DE RENOIR, EM PLENO HORROR DA PRIMEIRA GRANDE GUERRA”)

“A GRANDE ILUSÃO” (JEAN RENOIR/FRA/1937)

(“O REALISMO POÉTICO DE RENOIR, EM PLENO HORROR DA PRIMEIRA GRANDE GUERRRA”):

(CRÍTICA POR RAFAEL VESPASIANO)



“A grade ilusão, de Jean Renoir, é considerado um dos grandes filmes franceses de todos os tempos e da cinematografia mundial como um todo. Trata da Primeira Guerra Mundial, em 1937, quando aquela ainda não era tratada como tal, e, a sombra de Hitler se fazia surgir, para eclodir numa guerra de proporções maiores, a Segunda Guerra Mundial, 1939-1945. Mas Adolf Hitler, não aparece no filme de Renoir, a película narra a trama de soldados franceses presos em um campo de prisioneiros alemão, em 1916, e, faz reflexões sobre a guerra e o comportamento humano no meio dela.

Inspirou filmes posteriores como Inferno Nº 17, de Billy Wilder, Fugindo do Inferno, com Steve McQueen, e, mais recentemente, A Guerra de Hart, com o canastrão Bruce Willis. Uma das cenas clássicas de A Grande Ilusão é aquela onde os soldados franceses cantam A Marselhesa, em pleno território alemão, ou seja, a cena de Casablanca vem um pouco depois.

Há um aprofundamento psicológico de todas as personagens, tanto as francesas, quanto as alemãs. Os diálogos entre eles são antológicos e primorosos, o que propõe a mensagem antibelicista do filme, de Jean Renoir. Essas cenas que se dão principalmente entre o Capitão alemão vivido pelo ator Erich von Stroheim e os prisioneiros franceses têm a finalidade de propor uma mensagem de paz, harmonia e antimilitarista.

Outros temas abordados são: a amizade, mesmo entre inimigos, pois o capitão alemão não concorda com a Guerra, está apenas cumprindo o seu dever, mas mantém uma relação respeitosa com seus prisioneiros franceses; a disputa de classes é outro tema debatido; amizade; saudade, etc.


Um filme sobre o ser humano e como ele pode se sobrepor sobre as guerras e evita-las.”

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