(O GRANDE DESFILE/KING
VIDOR/EUA/1925)
(“A GUERRA DE TRINCHEIRAS E A
DESUMANIDADE”):
(CRÍTICA
POR RAFAEL VESPASIANO)
“Um
grande clássico antibelicista dos anos 20, dirigido magistralmente por Vidor, O
Grande Desfile é um libelo fílmico contra qualquer tipo de guerra ou batalha,
no caso se trata de mostrar o horror da Primeira Grande Guerra, a guerra de
trincheiras, que o filme mostra muito bem, com um realismo artístico exemplar.
As batalhas e bombardeios nas trincheiras são desumanos e são o grande atrativo
de ação do filme ao final, com desfecho trágico, como qualquer guerra “real”
tem.
Pena,
que se perde muito tempo na apresentação das personagens, que por um lado é
muito bom para humanizar e criar a empatia entre espectador e as personagens,
em especial, com o protagonista vivido por John Gilbert, que se alista na
guerra, quando os Estados Unidos da América entram na Guerra, em 1917.
A
parte melodramática dele com uma jovem francesa no acampamento militar na
França é por demais longa e enfadonha, poderia o diretor quem sabe não ter
destinado tanto tempo a essa subtrama.
Mas
a apoteose do filme é a batalha final, a guerra de trincheiras: trágica,
desumana, terrível, degradante, que provoca mortes e mortes aos montes de
jovens perdidos no meio do “nada”. O ser humano torna-se número de cadáveres,
mero registros. O horror da guerra torna-se espetáculo/desfile e essa é a
verdade até hoje ainda no século XXI, 2015.
Clássico
é isso!”
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