quinta-feira, 29 de outubro de 2015

(O GRANDE DESFILE/KING VIDOR/EUA/1925): (“A GUERRA DE TRINCHEIRAS E A DESUMANIDADE”)

(O GRANDE DESFILE/KING VIDOR/EUA/1925)


(“A GUERRA DE TRINCHEIRAS E A DESUMANIDADE”):



(CRÍTICA POR RAFAEL VESPASIANO)




“Um grande clássico antibelicista dos anos 20, dirigido magistralmente por Vidor, O Grande Desfile é um libelo fílmico contra qualquer tipo de guerra ou batalha, no caso se trata de mostrar o horror da Primeira Grande Guerra, a guerra de trincheiras, que o filme mostra muito bem, com um realismo artístico exemplar. As batalhas e bombardeios nas trincheiras são desumanos e são o grande atrativo de ação do filme ao final, com desfecho trágico, como qualquer guerra “real” tem.

Pena, que se perde muito tempo na apresentação das personagens, que por um lado é muito bom para humanizar e criar a empatia entre espectador e as personagens, em especial, com o protagonista vivido por John Gilbert, que se alista na guerra, quando os Estados Unidos da América entram na Guerra, em 1917.

A parte melodramática dele com uma jovem francesa no acampamento militar na França é por demais longa e enfadonha, poderia o diretor quem sabe não ter destinado tanto tempo a essa subtrama.

Mas a apoteose do filme é a batalha final, a guerra de trincheiras: trágica, desumana, terrível, degradante, que provoca mortes e mortes aos montes de jovens perdidos no meio do “nada”. O ser humano torna-se número de cadáveres, mero registros. O horror da guerra torna-se espetáculo/desfile e essa é a verdade até hoje ainda no século XXI, 2015.


Clássico é isso!”


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