(O SOL É PARA TODOS: ROBERT MULLIGAN, EUA, 1962.):
("UM LIBELO CONTRA QUALQUER TIPO DE PRECONCEITO NA HUMANIDADE"):
(CRÍTICA POR RAFAEL VESPASIANO):
“O sol é para todos”:
“Um clássico supremo, com roteiro, direção de arte, trilha sonora
e direção (Robert Mulligan) impecáveis; atuação memorável, talvez a melhor, de
Gregory Peck (por esse trabalho excepcional recebeu o Oscar de melhor ator.
O filme trata de um tema muito difícil para à época (anos 60) e
que é ainda hoje um tema polêmico, o preconceito contra negros, porém o filme foca,
principalmente, a visão infantil, ingênua e pueril, mas de extrema sabedoria,
dos filhos de Atticus (Peck).
A visão deles em relação ao
racismo e a sua incompreensão contra tamanha idiotice. A história se passa numa
cidadezinha do sul dos EUA, tipicamente preconceituosa, é quando um negro,
claramente inocente, é acusado de estuprar uma jovem branca, o único que
acredita nele e o defende é o advogado vivido por Peck, de forma sensível e
bastante humana, a cidade se volta contra ele e sua família, que se resume aos filhos
e a uma secretária do lar.
A hipocrisia e o
preconceito imperam contra os negros e o réu, que parece não ter direito à
defesa, se não fosse a personagem-advogada de defesa interpretada por Peck -, (que
a vive com força e brilhantismo).
Porém, mesmo assim com esse
realismo trágico e infeliz, mas verdadeiro, fica uma lição de humanidade, do
advogado Atticus e, principalmente, de seus filhos, pois volto a ressaltar o
filme todo se passa sob o olhar dessas duas crianças, colocando um ponto de
vista infantil sobre o preconceito em seus mais amplos conceitos ou melhor
pré-conceitos. Entretanto, a realidade dura seja na visão infantil ou adulta de
Peck. O filme é forte e merece sempre ser revisto. Clássico tão clássico (1962),
que hoje, 2016, infelizmente, permanece tão presente. Peck, em suma, de fato
está maravilhoso e idealista neste filme, com uma sabedoria e consciência
cidadã de sua personagem, que o ator defende brilhantemente. ” (Crítica por
Rafael Vespasiano).
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