(GRAND
PRIX, JOHN FRANKENHEIMER, 1966):
(“A ANTECIPAÇÃO DO FIM DA ERA GLORIOSA
DA F1”):
“O
cineasta John Frankeheimer é marcado de fato por obras-primas, basta citar os seus
primeiros filmes para o cinema, destaque é o investimento na direção de atores
em O Homem de Alcatraz, O Trem e em O Segundo Rosto, obras-mestras com toda
certeza. O cineasta expressou junto a uma das melhores equipes técnicas
cinematográficas da época, em Grand Prix,
1966, com um realismo expressivo, tecnológico, técnico, formal e contando
com grandes atuações de um grande e magistral elenco em perfeita sintonia e grandes atuações, bem dirigido pelo excelente diretor supracitado,
mais um clássico de sua cinematografia.
Frankenheimer
e sua turma provavelmente não sabiam, mas, quando filmavam, estavam apreendendo
o automobilismo num instante de transição. Testemunhavam o fim de uma era romântica
e gloriosa da Fórmula 1 e do automobilismo como um todo, na qual os pilotos também
eram mecânicos e responsáveis diretos pela fabricação de seus carros de corrida.
O que faziam os pilotos correrem em um misto de amadorismo e profissionalismo era
o amor pela velocidade, superação dos seus próprios limites psicológicos e
físicos, o que é bem ressaltado no roteiro do filme em questão. Por outro viés
da história, desenvolve o nascimento de um novo período, marcado de profissionalíssimo
sistêmico, marcado pelos patrocinadores sedentos, capitalistas e desejosos de
vender qualquer tipo de produto, sem se importar com ‘seus’ pilotos fantoches,
e, sem se importar com o destino das vidas dos automobilistas. É o que representa
a equipe japonesa Yamura (Toshiro Mifune) que ressalta mais ainda este aspecto
de 'transição' da Fórmula 1, com seu piloto Aron (James Garner) supercompetitivo,
mas ambicioso ao extremo da ética.
Vale
destacar também as subtramas amorosas que dão maior realismo maior e densa profundidade
dramática a este filmão de múltiplas facetas.”.
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