quarta-feira, 29 de março de 2017

(KIRK DOUGLAS: TRÊS OBRAS-PRIMAS: TRÊS GRANDES ATUAÇÕES DO CENTENÁRIO ATOR)

(KIRK DOUGLAS: TRÊS OBRAS-PRIMAS: TRÊS GRANDES ATUAÇÕES DO CENTENÁRIO ATOR):





(Crítica por Rafael Vespasiano):


Spartacus (Spartacus): Stanley Kubrick, 1960:



Um dos maiores épicos produzidos em Hollywood e mais um feito genial, do gênio Stanley Kubrick. As cenas das batalhas são magníficas. Kirk Douglas interpreta um gladiador, Spartacus, que existiu na realidade da história do Império Romano, e lidera uma revolta dos gladiadores (que eram escravos dos nobres romanos, treinavam e lutavam até a morte do oponente na arena). A revolta toma proporções gigantescas e provoca forte repressão do Império; o final é inesquecível! Kubrick realmente era um gênio da Sétima Arte e um perfeccionista, o que percebemos em todos seus filmes, mas em "Spartacus", isso é intensificado e claríssimo, ao percebemos que ele consegue a melhor atuação de Douglas das que conheço. Kirk, como manda a personagem e o diretor, com certeza exigiu, consegue que o ator seja o mais intenso e visceral possível em sua interpretação. Uma performance histórica para o cinema mundial.


Glória feita de sangue (Paths of glory):  Stanley Kubrick, 1957:




 O filme se passa durante a Primeira Grande Guerra e Stanley Kubrick aproveita a história do seu filme -, (polêmica, pois, para encobrir o erro logístico, um comandante francês manda punir três soldados, com execução sumária, estes três soldados servindo como bodes expiatórios do erro estratégico daquele comandante) -, para criticar os horrores da guerra, mostrando que a guerra é inútil, só traz malefícios e todos saem derrotados. E Kirk Douglas interpreta um comandante bastante sensível e humano, que começa a perceber a inutilidade da guerra e esbanja talento em uma Grande atuação!

Sede de viver (Lust For Life): Vincente Minnelli, 1956:




“Dirigido por Vincente Minnelli, o filme retrata o drama da vida e obra de Vincent Van Gogh, se tornando um clássico que enfatiza os dramas de consciência de Van Gogh (numa interpretação única de Kirk Douglas) e os conflitos internos, com os outros artistas, com o meio social e com a crítica da arte da época, pois sua arte era visionária, de vanguarda, antecipando o Impressionismo, quanto à qualidade estética, antes do movimento eclodir nos fins do século XIX, na França.

 Douglas interpreta um pintor marcado pela a agonia e o sofrimento mental, tortuoso de sua mente. Durante todo o filme, Van Gogh, mantém um diálogo com seu irmão, Theo, com quem tem um laço de afetividade muito intenso. Muitos tormentos são representados no filme, que mostra sempre um Van Gogh, totalmente imergido em seus pensamentos, crédulo e fiel as suas verdades, o que o insere num mundo de solidão e infelicidade, o qual Douglas imprime veracidade e dramaticidade.”



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