(KIRK
DOUGLAS: TRÊS OBRAS-PRIMAS: TRÊS GRANDES ATUAÇÕES DO CENTENÁRIO ATOR):
(Crítica
por Rafael Vespasiano):
Spartacus
(Spartacus): Stanley Kubrick, 1960:
Um dos maiores épicos produzidos em
Hollywood e mais um feito genial, do gênio Stanley Kubrick. As cenas das
batalhas são magníficas. Kirk Douglas interpreta um gladiador, Spartacus, que
existiu na realidade da história do Império Romano, e lidera uma revolta dos
gladiadores (que eram escravos dos nobres romanos, treinavam e lutavam até a
morte do oponente na arena). A revolta toma proporções gigantescas e provoca
forte repressão do Império; o final é inesquecível! Kubrick realmente era um
gênio da Sétima Arte e um perfeccionista, o que percebemos em todos seus
filmes, mas em "Spartacus", isso é intensificado e claríssimo, ao
percebemos que ele consegue a melhor atuação de Douglas das que conheço. Kirk,
como manda a personagem e o diretor, com certeza exigiu, consegue que o ator
seja o mais intenso e visceral possível em sua interpretação. Uma performance
histórica para o cinema mundial.
Glória feita de sangue (Paths
of glory): Stanley
Kubrick, 1957:
O filme se passa durante a Primeira Grande
Guerra e Stanley Kubrick aproveita a história do seu filme -, (polêmica, pois,
para encobrir o erro logístico, um comandante francês manda punir três
soldados, com execução sumária, estes três soldados servindo como bodes
expiatórios do erro estratégico daquele comandante) -, para criticar os horrores
da guerra, mostrando que a guerra é inútil, só traz malefícios e todos saem
derrotados. E Kirk Douglas interpreta um comandante bastante sensível e humano,
que começa a perceber a inutilidade da guerra e esbanja talento em uma Grande
atuação!
Sede de viver (Lust For Life): Vincente Minnelli,
1956:
“Dirigido por Vincente Minnelli, o filme retrata o drama da vida e obra de Vincent
Van Gogh, se tornando um clássico que enfatiza os dramas de consciência de Van
Gogh (numa interpretação única de Kirk Douglas) e os conflitos internos, com os
outros artistas, com o meio social e com a crítica da arte da época, pois sua
arte era visionária, de vanguarda, antecipando o Impressionismo, quanto à
qualidade estética, antes do movimento eclodir nos fins do século XIX, na
França.
Douglas interpreta um pintor marcado pela a
agonia e o sofrimento mental, tortuoso de sua mente. Durante todo o filme, Van
Gogh, mantém um diálogo com seu irmão, Theo, com quem tem um laço de
afetividade muito intenso. Muitos tormentos são representados no filme, que
mostra sempre um Van Gogh, totalmente imergido em seus pensamentos, crédulo e
fiel as suas verdades, o que o insere num mundo de solidão e infelicidade, o
qual Douglas imprime veracidade e dramaticidade.”
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