(Meu Ódio Será Sua Herança (The Wild
Bunch), EUA, 1969, SAM PECKINPAH):
(“A DES-CONSTRUÇÃO DO WESTERN POR
PECKINPAH”):
(RESENHA POR RAFAEL VESPASIANO).
“Quando
Peckinpah dirigiu magistralmente e realizou a obra prima Meu ódio será sua herança, no final da década de 1960, início dos
anos 1970, o gênero fílmico faroeste estava em declínio, até mesmo nas terras
estadunidenses, o país (Estados Unidos da América), onde o gênero western é
típico e originário por natureza.
Por
mais que películas como Era Uma Vez no
Oeste (1968), Bravura Indômita
(1969) ou O Pequeno Grande Homem de
1970, fossem realistas, violentas e cruas, com conflitos de má consciência e
finais sem redenção, recheadas de anti-heróis, estava evidente que o western já
não era assunto e gênero cinematográfico para as plateias da época.
Meu Ódio Será Sua Herança,
magnífico filme de Sam Peckinpah, foi uma espécie de inovadora ode ao
crepúsculo do gênero, que ainda conheceria uma década, 1970, de episódicos
filmes de faroeste com a marca da decadência do cowboy clássico, ou seja, um
cowboy anti-herói e cruel, até, por exemplo são os filmes: Mais Forte que a Vingança; Pat
Garrett & Billy the Kid).
E
ainda se tem os anos 80 do século XX, onde os finais inglórios do declínio
dando lugar à letargia histórica de um gênero que não se deixava morrer e
procurava se reinventar. Parte disto, ou seja, esta travessia está no
simbolismo entre a decadência e a des-construção do faroeste iniciada por
Peckinpah, em 1969, Meu Ódio Será Sua
Herança.
Peckinpah
aposta em uma concepção de violência física, mental, visual e cinematográfica
belíssima e complexa, amplificada em qualidade pelo brilhante roteiro do
próprio Sam Peckinpah auxiliado por Walon Green e Roy N. Sickner.
Ao mesmo tempo é um faroeste violento fisicamente e de dramas de consciência,
numa dualidade parabática, mal compreendida à época. Um clássico de Peckinpah.!”.
LINK-BASE: último acesso às 11h40, de 02 de março de 2017.
POR: Luiz Santiago.
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