segunda-feira, 20 de julho de 2015

“ASSASSINATO” (MASAHIRO SHINODA, JAPÃO, 1964): (“CHAMBARA E NOUVELLE VAGUE JAPONESA: O CONFLITO ENTRE XOGUNATO E O IMPÉRIO”)

“ASSASSINATO” (MASAHIRO SHINODA, JAPÃO, 1964):

(“CHAMBARA E NOUVELLE VAGUE JAPONESA: O CONFLITO ENTRE XOGUNATO E O IMPÉRIO”):

(RESENHA POR RAFAEL VESPASIANO)




“Em meio ao tumulto entre o Xogunato e entusiastas do Império, Kiyokawa Hachiro é um ambicioso estrategista cuja verdadeira motivação é desconhecida por todos. Shinoda, um dos maiores cineastas nipônicos, realiza um chambara ambicioso, no qual mostra a transição do Japão Feudal (Xogunato), para o Império, com o envolvimento dos Estados Unidos da América interessados nas consequências que a política japonesa acarretaria, para benefícios dos estadunidenses.
Os japoneses estavam em xeque com a chegada da esquadra de navios norte-americanos, exigindo a abertura dos portos, dando início a uma série de eventos políticos e conflitos internos e externos que colocariam o Japão em conflito em relação aos seus ideais políticos e sociais, inclusive, a crença no Japão como uma terra sagrada e invencível. As principais ideologias da época eram divididas entre pró-imperialistas, que desejavam a restauração do império e a expulsão dos estrangeiros, e as forças do xogunato.
Tem-se a figura história do ronin, Hachiro Kiyokawa, em 1855, ele funda a escola Kiyokawa, a única escola de Kenjutsu em Edo (atual Tóquio). Ele era um crítico do xogunato de Tokugawa usando, inclusive, sua escola para espalhar suas ideias sobre a situação política do Japão.
O filme caminha para desnudar essa personagem histórica tão interessante. Todas suas motivações, sua índole, sua filosofia e seu caráter são despejados, detalhadamente, durante o filme em diálogos ásperos, testemunhos, flahsbacks e narrativas de vários fatos da sua vida.
 As movimentações de câmeras são interessantes, às vezes mantendo o foco em pés, mãos preparando um golpe de espada e intensificando a expectativa do ataque, lutas bem coreografadas e mortes espetacularmente teatrais.
Shinoda realiza um chambara que é uma obra-prima!”

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