“OS
HOMENS QUE PISARAM NA CAUDA DO TIGRE”
(AKIRA KUROSAWA, JAPÃO, 1945):
"OS PRIMEIROS PASSOS DE UM CINEASTA SEMINAL":
(RAFAEL VESPASIANO)
“Os
homens que pisaram na cauda do tigre” é o terceiro longa-metragem lançado por
Akira Kurosawa, em 1945. É uma obra, comparando-se às outras que viriam a ser
realizadas pelo cineasta, menor, porém o primeiro chambara de Kurosawa. O
roteiro se baseia numa tradicional peça dos teatros de Nõ e Kabuki; o enredo se
passa, em 1185, e trata-se dos primeiros passos cinematográficos de Kurosawa,
que se tornaria um dos melhores realizadores do Japão (e do mundo).
A
trama é o relato da travessia de um samurai e seus vassalos, todos disfarçados
de monges budistas, já que pretendem passar por uma área de risco, patrulhadas
por homens do Xogum, a princípio as ordens para aqueles é realizar a passagem
de forma pacífica. O conflito familiar é o mote para o desenrolar da história,
pois o Xogum pretende matar o seu próprio irmão, Yoshitsuke, este foge com seus
guarda-costas, fingindo serem monges budistas.
A
travessia se inicia, a fuga conta com o Suserano e mais seis fiéis vassalos, e,
mais um humilde e caricato, simples carregador, apesar da diferença de status
social, a travessia em segurança depende basicamente e principalmente dele.
Assim como em outra vindoura obra de Kurosawa, Dersu Urzala.
Este
filme, “Os homens que pisaram na cauda do tigre”, é uma pequena obra-prima, e,
serve de preâmbulo para os filmes seguintes de Kurosawa, que seriam consagrados
internacionalmente: e o cineasta japonês passaria, junto com suas películas,
durante o decorrer do tempo, Kurosawa a ser considerado um clássico do cinema,
e suas obras clássicas da cinematografia mundial. Aqui, neste terceiro longa de
Akira Kurosawa está a semente que frutificaria a travessia cinematográfica do
realizador nipônico, um mestre, um clássico.”
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