quinta-feira, 24 de março de 2016

(ARDIL 22, MIKE NICHOLS, EUA, 1970): (A LOUCURA DE UMA GUERRA ARDILOSA)

(ARDIL 22, MIKE NICHOLS, EUA, 1970):

(A LOUCURA DE UMA GUERRA ARDILOSA):

(CRÍTICA POR RAFEL VESPASIANO)






Ardil

substantivo masculino

1.    1.

ação que se vale de astúcia, manha, sagacidade; ardileza.

2.    2.

ação que visa iludir, lograr (pessoa ou animal); armação, cilada.



“Mike Nichols realizou, em 1970, uma comédia de humor irônico extremo, de caráter antibelicista, aproveitando o contexto da Segunda Guerra Mundial. Que serve de metáfora e ironia para criticar também a loucura da corrida armamentista e a paranoia da Guerra Fria dos anos 1970, entre EUA e URSS. O filme permanece muito atual.

O nonsense do filme serve justamente para mostrar a loucura e a estupidez das guerras. O ardil 22 é um código, lei, que os militares superiores dos EUA utilizam para que os soldados norte-americanos continuem lutando, sem que possam ser dispensados para voltar para casa, depois de tantos anos em batalhas.

O ardil simplesmente consiste em guerrear e continuar a guerrear, sem um objetivo específico. E os coronéis e generais afirmam pelo código ardil 22 que os sãos mentais devem continuar na guerra, pois, supostamente estão “lúcidos, por isso devem permanecer e continuar bombardeando a Itália fascista; contudo, os que sofrem de transtornos psíquicos provocados pelo horror da guerra, mesmo considerados “loucos”, devem continuar pilotando bombardeiros, ou seja, não há dispensa para ninguém, pois os “doidos”, segundo os superiores são os melhores para a Guerra, e, os sãos também servem para a guerra pela sua lucidez, já aqueles, como “malucos”, não têm nada a perder.

Mas quem entre são e loucos querem lutar uma guerra que não é deles e não significa nada direta ou indiretamente para eles? Que já perdeu o sentido.


É uma guerra nonsense, sem objetivo e/ou finalidade, sem fim, um nunca terminar. Os militares superiores e os políticos são mais mentecaptos do que os soldados, que estão todos os dias no front de batalha.”






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