(“LEVADA
DA BRECA”, HOWARD HAWKS, 1938)
(“COMÉDIA
MALUCA, INTELIGENTE E COM DIÁLOGOS RÁPIDOS E AMALUCADOS”):
(CRÍTICA
POR RAFAEL VESPASIANO)
“O
versátil e correto diretor Howard Hawks reúne um casal de atores, que vivem
personagens antagonistas, mas opostos que se complementam: David (Cary Grant),
o paleontólogo atrapalhado e abobalhado e a personagem de uma inspirada
Katherine Hepburn, Susan, uma mulher independente, espevitada e estabanada.
“Grant
é uma espécie de Charles Chaplin (...) do cinema falado, por suas atuações
sempre calcadas no humor e na agilidade corporal” (GUIMARÃES, 2014, p. 9), é o
que se verifica com muito humor em Levada da Breca, com o ator exibindo todo o
seu talento cômico.
Hepburn
e Grant protagonizam duelos verbais (rápidos diálogos) típicos das “comédias
screwball”, típica da Hollywood, dos anos 1930-1940, comédias malucas,
amalucadas. “Comédias de ritmo frenético [é o caso de Levada da Breca] sobre
desencontros amorosos” (GUIMARÃES, Ibidem., p. 19). Nas quais “rir é o melhor remédio”
(CARLOS, Ibidem., p. 44), pois o contexto socioeconômico dos Estados Unidos da
América era o da Grande Depressão Econômica, com a queda da bolsa de valores de
New York, em 1929, o auge das comédias screwball é, justamente, vivenciada nas
décadas de 30 e 40, do século XX.
Detalhe
I: O leopardo, o brontossauro e um cachorro unem o atrapalhado e desastrado
David e a estabanada, Susan. Detalhe II: são para três cenas que acho hilárias,
eis elas: 1) vestido rasgado de Susan e o fraque rasgado de David; 2) a cena do
xerife, na delegacia, com todo o elenco reunido para o clímax, numa cena
hilária; 3) e, a cena final, epílogo, no museu, uma cena que derruba tudo ao
final do filme.”
REFERÊNCIA
BIBLIOGRÁFICA:
GUIMARÃES, Pedro Maciel e CARLOS, Cássio Starling. Cary Grant [em] Levada da Breca. São Paulo: Folha de S. Paulo,
2014.
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