(“MORTALMENTE
PERIGOSA”, JOSEPH H. LEWIS, EUA, 1950)
(“CASAL
DE ATIRADORES: BONNIE E CLYDE NOIR”):
(CRÍTICA
POR RAFAEL VESPASIANO)
“MORTALMENTE
PERIGOSA é dirigido pelo lendário e, infelizmente, subestimado cineasta Joseph
H. Lewis. Um excelente diretor de filmes de baixo orçamento que hoje são
considerados cults e reverenciados pelos amantes da Sétima Arte.
Barton desde pequeno tem obsessão por armas,
ao roubar uma, ainda criança, vai parar no reformatório. Depois da decisão do
juiz o filme salta para Barton adulto (John Dall), seu retorno à cidade, com
disposição para ser um cidadão de bem, ainda que sua obsessão por armas não
tenha deixado de existir em sua personalidade.
Barton
se apaixona por Annie, moça que apresenta um show de tiros em um circo, vivida
por Peggy Cummins. Annie é a femme fatale típica do cinema noir. É Annie quem
acaba levando Barton para o mundo do crime, insatisfeitos com o pouco que
ganhavam honestamente. Daí ele ter aceitado a vida do crime, só para continuar
junto com Annie.
MORTALMENTE
PERIGOSA é um filme que tanto é da tradição dos films noir, que propõe ao
espectador o ponto de vista dos bandidos, e por isso fazem com que nos
solidarizemos com eles e suas tragédias pessoais.
Lewis aproveita e faz duras críticas à sociedade
estadunidense em seu filme: uma: a obsessão por armas e a outra crítica ao
consumismo/capitalismo.”
Nenhum comentário:
Postar um comentário