(“OS
CORRUPTOS”, FRITZ LANG, EUA, 1953):
(“NOIR
VIOLENTO E TENSO”):
(CRÍTICA
POR RAFAEL VESPASIANO)
“Depois
de uns quinze filmes em seu país natal, com a ascensão do partido nazista e de
Hitler, Fritz Lang emigrou para os Estados Unidos depois de breve passagem (e
um longa realizado na França em ’34). Mas, ainda, inicialmente, na Alemanha,
realizou obras-primas do cinema silencioso e do cinema como um todo, filmes
exemplares do melhor do expressionismo alemão, como: “Metropolis”, “A morte
Cansada” e “M”.
Sua “fase americana”, que vai de Fúria (1936)
até Suplício de uma alma (1956), com outros vinte longas por ele assinados, é
uma filmografia marcada por excelentes films noir. Além de filmes sobre a pena
de morte - como os dois já citados e que unem as duas pontas de sua
cinematografia em Hollywood. As películas “noir”, por sua vez devedoras do
expressionismo alemão do tempo dos filmes silenciosos - e não por acaso, Os
Corruptos é um dos melhores exemplares, tanto do cinema “noir” americano, como
da obra de Lang.
Os
Corruptos é um noir forte, tenso e violento. O protagonista vivido por Glenn
Ford começa a agir fora-da-lei, ao se demitir da polícia, para que possa
realizar sua vingança pessoal. A personagem age, à margem da lei, para obter a
justiça devida e à qual os meios legais não possibilitam, por causa da
corrupção policial e dos políticos que subornam e fazem com que os policiais
fiquem submetidos às suas ordens e intenções.”
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