(“GUERRA,
FLAGELO DE DEUS”, ALE, GEORG W. PABST, 1930)
(“A
LOUCURA E A DEVASTAÇÃO NO FRONT DA PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL”):
(CRÍTICA
POR RAFAEL VESPASIANO)
“Pabst
realiza uma obra-prima de crítica contundente ao belicismo reinante nos
primórdios do século XX. No filme, o diretor opta pelo ponto de vista de
soldados alemães que invadem a França, mas na verdade, nem os primeiros, nem os
franceses deveriam está ali, num front de guerra, nas trincheiras, pois a
guerra é insana, inútil e uma realidade que não é causa-consequência de nenhum
dos lados, porém, de uma causa atemporal: as insanidades dos homens em se
aprofundarem em batalhas sem sentido, e, quem sabe Deus esteja muito triste com
o rumo e as atitudes de sua ‘suprema criação’: o homem.
O
tom do filme é o de não existir lado ‘certo’ ou ‘errado’, tudo é: loucura, dor,
desespero, insanidade e sem esperança para os pobres combatentes nas trincheiras
da guerra. As cenas que denunciam os agonizantes combates nas trincheiras,
possuem diálogos e sons da guerra e dos embates, que ressaltam e são característicos
de uma insanidade, barbaridade e enlouquecida realidade, um flagelo universal:
a GUERRA.”
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