QUASE-MEMÓRIA,
QUASE-ROMANCE, DE CARLOS
HEITOR CONY:
“(MEMÓRIAS ROMANCEADAS AO BEL-PRAZER DO NARRADOR-AUTOR).”
(RESENHA POR RAFAEL VESPASIANO).
“É um dos
melhores romances de Carlos Heitor Cony,
por muitos críticos, considerada sua obra-prima. Um quase romance, como o próprio subtítulo expressa. Quase-memória é um romance semiautobiográfico
de Cony, no qual o autor
"romanceia" suas memórias do seminário e sua conflituosa relação com
o pai.
Livro
sensível, delicado e ponto culminante da ficção brasileira do século XX. Um
romance que "cheira" sinestesicamente a resquícios e fragmentos
mnemônicos, num fluxo ininterrupto de memórias, que são avivadas pela mente,
pela rememoração, pelo fluxo de consciência e pelas sensações apreendidas pelos
cinco sentidos, à maneira simbolista, que só a genialidade de Cony seria possível conceber.
Pois,
transforma as lembranças dolorosas em confissões suaves e prazerosas, num
processo de libertação e redenção do passado e da sua relação com o pai, que
sempre fora conflitante - mas é redimida pelo testemunho das memórias que vêm à
tona no relato semiautobiográfico do narrador-autor (persona ficta), em sentido epifânico, revelador e redentor de
forma mnemônica e sinestésica.”.
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