sábado, 15 de novembro de 2014

QUASE-MEMÓRIA, QUASE-ROMANCE, DE CARLOS HEITOR CONY: “(MEMÓRIAS ROMANCEADAS AO BEL-PRAZER DO NARRADOR-AUTOR).”.

QUASE-MEMÓRIA, QUASE-ROMANCE, DE CARLOS HEITOR CONY:

“(MEMÓRIAS ROMANCEADAS AO BEL-PRAZER DO NARRADOR-AUTOR).”

(RESENHA POR RAFAEL VESPASIANO).

“É um dos melhores romances de Carlos Heitor Cony, por muitos críticos, considerada sua obra-prima. Um quase romance, como o próprio subtítulo expressa. Quase-memória é um romance semiautobiográfico de Cony, no qual o autor "romanceia" suas memórias do seminário e sua conflituosa relação com o pai.

Livro sensível, delicado e ponto culminante da ficção brasileira do século XX. Um romance que "cheira" sinestesicamente a resquícios e fragmentos mnemônicos, num fluxo ininterrupto de memórias, que são avivadas pela mente, pela rememoração, pelo fluxo de consciência e pelas sensações apreendidas pelos cinco sentidos, à maneira simbolista, que só a genialidade de Cony seria possível conceber.


Pois, transforma as lembranças dolorosas em confissões suaves e prazerosas, num processo de libertação e redenção do passado e da sua relação com o pai, que sempre fora conflitante - mas é redimida pelo testemunho das memórias que vêm à tona no relato semiautobiográfico do narrador-autor (persona ficta), em sentido epifânico, revelador e redentor de forma mnemônica e sinestésica.”.

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